A Guitarra Baiana lançada no carnaval de Salvador de 1964 por Armandinho Macêdo, ainda menino, a bordo de um trio elétrico mirim completa 50 anos e está cada vez mais presente na folia soteropolitana. No Carnaval da Cultura 2014 – realizado pela Secretaria da Cultura do Estado da Bahia - o som genuinamente baiano do instrumento, que consolidou a identidade do carnaval da Bahia, ganha potência com a apresentação das bandas BaianaSystem, Ligação 70, Retrofoguetes e do Trio de Guitarra Baiana, formado por Júlio Caldas, Lúcio Ferraz e Pedro Souza.
Osmar Macêdo e Dodô Nascimento, pais do trio elétrico e criadores do antigo pau elétrico, precursor da Guitarra Baiana, assim batizada no início dos anos 70, àquela época talvez não tivessem ideia da diferença que o invento faria na produção musical da Bahia. “A Guitarra Baiana está no gen da BaianaSystem, é o nosso som, é o som que se propaga fácil no carnaval. Nós sempre entramos com a guitarra e apresentamos novas posturas musicais, ampliando este ‘ser baiano’, esta áurea de baianidade”, declara o vocalista da banda BaianaSystem, Russo Passapusso.
A BaianaSystem, um dos ícones da nova produção musical baiana, se apresenta no palco principal do Pelourinho no domingo (02/03) de carnaval. “Juntamos muito mais músicas ao nosso repertório. Músicas nossas do EP Pirata e músicas já consagradas no carnaval da Bahia. Faz parte da história da Baiana tocar no Pelô e este, com certeza, será um dos grandes momentos do nosso carnaval”, revela Passapusso.
Outra atração de peso, que promete movimentar o folião pipoca com um mix de ritmos também influenciado pela Guitarra Baiana, é a banda Retrofoguetes, uma tradição do carnaval de Salvador. “A guitarra baiana é a essência do projeto Retrofolia, ela é o centro da nossa ideia. Estamos assumindo isto com o tributo à guitarra e aos carnavais instrumentais da década de 70. Inclusive o nosso repertório é todo fundamentado no repertório de Armandinho, Dodô e Osmar”, anuncia o baterista da Retrofoguetes, Rex.
Com 12 anos de carreira e uma série de trabalhos reconhecidos nacional e internacionalmente, a banda experimenta pela primeira vez a sensação de apresentar o Retrofolia a partir de um microtrio. Segundo Rex, a expectativa é boa e apresenta à banda um novo desafio: a oportunidade de fazer o percurso junto com o público. “No microtrio, a proximidade com o público é muito maior. Enquanto no trio elétrico convencional a gente fica mais perto dos camarotes, com o microtrio o contato direto é com o folião pipoca, o que é muito bacana. Inclusive, parte da banda estará no chão, caminhando junto com o folião”, promete Rex.
Fonte : Assessoria de Comunicação do Carnaval da Cultura - Shirley Pinheiro / Ana Paula Nobre
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