É lindo de ser ver. É lindo vem apreciar… O Olodum Mirim passar. E foi com a sensação de quero mais que o ‘Baile das Meninas Douradas’ do Olodum Mirim, formado por 30 alunos aprendizes dos cursos de Dança Afro, Canto e Percussão da Escola Olodum, desfilou no início da noite de hoje (3) pela vigésima vez no carnaval do Pelourinho, no largo Pedro Archanjo. Este ano, os meninos juntaram as cores, o brilho e os tambores da escola para uma homenagem as mulheres do Império Ashanti. O Império Ashanti ou Asanteman (independente de 1701-1896), foi um estado pré-colonial da África Ocidental criado pelo povo Akan. Se estendia desde a Gana central até Togo e Costa do Marfim atuais. Hoje, a monarquia Ashanti continua como estado subnacional dentro da República de Gana. Asantewaa, personagem representada no desfile, foi uma rainha guerreira que combateu os britânicos para manter preservados um símbolo dos ashanti: o tamborete de ouro.

No baile, e sob direção musical de Gerson Silva e coreografias de Negrizu, as mulheres foram lembradas através das músicas do Olodum e de grandes intérpretes da MPB, no ritmo de samba reggae. No repertório, ‘Maria Maria’, de Milton Nascimento e ‘Feminina’, de Joice, além de releituras do Olodum como ‘Rosa’, ‘Bravura Malgaxes’ e ‘Deusa do amor’. Para o bailarino, coreógrafo e coordenador Negrizu, a escola é sinônimo de orgulho não apenas pelo trabalho que realiza, mas pela responsabilidade social que carrega. “A emoção é gigantesca. Percorremos o caminho da ancestralidade e tradição cultural. A nossa responsabilidade vai além da escola, sempre em busca do respeito, cidadania e da inclusão social”, disse Negrizu.