Símbolo dos povos de religião de matriz africana em Lauro de Freitas, o Bloco Bankoma levou dois mil associados para o desfile no Circuito Osmar (Campo Grande), na noite desta quinta-feira (23), primeiro dia do Carnaval Ouro Negro. Com seu ritmo embalado ao som dos atabaques e agogôs, a entidade que agrega representantes de 350 terreiros da Bahia, apresentou um conjunto artístico formado pelas alas de dança e das baianas que desfilaram no chão atraindo olhares de baianos e turistas durante todo o percurso.

O tema deste Carnaval é “O Makoa Ma Hongolo Mala Maso Neka Ku Maulu”, saudação em quicongo que significa dizer “As cores do arco-íris estão escritas lá no céu”.

A presidente da entidade, a Mameto Kamurici, líder espiritual do Terreiro São Jorge Filho da Goméia, destacou a importância do Bankoma no circuito do Carnaval de Salvador. “Aqui é a vitrine do trabalho social que o povo de santo faz ao longo do ano em Lauro de Freitas. Além da valorização do Candomblé, temos a oportunidade de trazer para as ruas nossos meninos que aprendem percussão, dança e tantas outras artes. Não temos um grande artista puxando nosso bloco, temos os artistas que descobrimos na comunidade”, disse.

A grandiosidade do Bankoma hoje impressiona até mesmo quem conhece a história do bloco desde o começo. Para Sueli Souza, produtora da entidade, a agremiação tem crescido e agregado cada vez mais representantes do Candomblé. “O primeiro desfile foi em 2000 quando o bloco foi puxado por um mini-trio e saiu sem cordas. Hoje temos mais de duas mil pessoas, 350 terreiros inscritos e um bloco grande que traz para rua a verdadeira relevância que tem as raízes de matriz africana para nossa história”, pontuou.


QUANDO : 23 de fevereiro 2017 - QUI
O QUÊ : Bloco Bankoma
ONDE : Circuito OSMAR (Campo Grande / Praça Castro Alves) - Salvador BA
RITMO : matriz africana
QUEM : Banda Bankoma