"Ao trazer os ensaios para a Praça das Artes, no Pelourinho, o projeto do IPAC com o Cortejo Afro traz a própria arte que está nas ruas. É a essência do que somos no meio das ruas. O Cortejo valoriza a cultura e o ser humano acima de qualquer critério", afirmou a cantora baiana Daniela Mercury ontem (30) à noite ao participar do ensaio do bloco na sua nova casa.
Na festa concorrida, que teve ingressos esgotados, a direção do IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) recebeu empresários e produtores para conhecerem a Praça das Artes, onde são realizados os ensaios todas as segundas-feiras até o Carnaval 2017, e outros espaços administrados pelo instituto, como opções de novos investimentos.
O show integra o Projeto de Dinamização dos Espaços do IPAC, que além de largos e praças no Pelourinho, é responsável pelo Passeio Público e os principais museus de Salvador como o de Arte Moderna (MAM/Unhão), o de Arte da Bahia (Corredor da Vitória) e o Palacete das Artes (Graça). Publicações sobre esses espaços foram distribuídas entre os convidados. "Aqui estamos cercados de museus maravilhosos, como o Tempostal e o Solar Ferrão do IPAC, com acervo de Lina Bo Bardi e outros grandes representantes da nossa cultura. Ao entrarmos aqui nos lembramos de quem somos", disse a cantora, que interpretou alguns dos seus maiores sucessos.
INGRESSOS ESGOTADOS "O Pelourinho é um lugar muito especial, porque fiz a minha licenciatura em dança aqui no Terreiro de Jesus. Fico lisonjeada em saber que os ingressos se esgotaram para celebrar conosco esta noite. Faço questão de prestigiar pela sinceridade do Cortejo. A minha música tem tudo a ver com o que eles fazem. Todo mundo vira um pouco artista quando entra em contato com o Cortejo, que homenageia este ano Gilberto Gil, o nosso eterno ministro do samba", completou a artista.
"A gestão de espaços do IPAC na capital e interior, principalmente em momentos de crise econômico-financeira é complexa, por isso convidamos empresários e produtores para conhecerem largos, praças e museus para que proponham novos projetos e parcerias", afirma o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. Ele explica que as parcerias público-privadas são essenciais para a permanência desses espaços. "Além de projetos artístico-culturais, podem acontecer feiras, ações educativas e sociais, dentre outras ideias", diz João Carlos.
Logo após o Carnaval, o IPAC anuncia a realização de feiras de alimentos orgânicos em largos do instituto no Pelourinho em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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