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Resgate da trajetória do trio elétgrico





Pesquisadora Lilian Cristina Marcon
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Encontro de trios vem perdendo a força
Troca de acordes elétricos na Castro Alves vem perdendo a força corre o risco de desaparecer

Uma das tradições mais importantes do Carnaval baiano, o encontro de trios da Praça Castro Alves vem enfrentando dificuldades para acontecer nos últimos anos. Alguns artistas dizem que o surgimento do pagode, a industrialização da folia e a concorrência com o Arrastão da Timbalada, entre outras atrações do Circuito Barra-Ondina, têm contribuído para enfraquecer esse momento da festa.
Mas, seja lá como for, o encontro de trios - mais uma invenção de Osmar Macedo - resiste ao tempo e às transformações do Carnaval. Na ausência física de um dos criadores do trio elétrico, a missão de organizar a festa e saudar quem comparece à Praça do Poeta ficou para os irmãos Macedo que, além do talento, herdaram a alegria de ver o chão balançar.
A idéia de realizar o encontro de trios nasceu de maneira casual, numa tentativa de prolongar a alegria das pessoas que, ao anoitecer, não tinham como participar das festas carnavalescas nos clubes. O ano era 1974, data que marcava também a volta do Trio Dodô e Osmar às ruas, após um período sem tocar. Naquele ano, Armandinho fazia sua estréia e por isso o trio passou a ser chamado de Armandinho, Dodô e Osmar.
"Eles (Dodô e Osmar) gostavam de tocar na madrugada e naquele tempo o Carnaval não invadia a noite, como acontece hoje. Quando os outros trios se recolhiam, Dodô e Osmar ficavam ali, esperando para saudar os Tapajós. Em 76, Os Novos Baianos colocaram um trio na rua e meu pai ficava esperando eles também. Como não havia blocos de corda, os trios davam até cinco voltas na Sé e paravam ali na praça. Com o tempo, outros trios começaram a fazer parte do encontro", conta André Macedo, filho de Osmar.


Fonte: Márcia Luz, Correio da Bahia - Janeiro 2000


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