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Morre na Bahia o Mestre King
bastidores da folia
"A importância de Mestre King para a dança afro transcende as fronteiras do Brasil."



A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia lamenta profundamente o falecimento, na tarde deste sábado, dia 13 de janeiro 2018, aos 74 anos, do coreógrafo e professor Raimundo Bispo dos Santos, o nosso eterno Mestre King. Natural de Santa Inês, na Bahia, primeiro homem a ingressar na Escola da Dança da UFBA, no ano de 1976, pioneiro da dança afro na Bahia e no Brasil, King revolucionou o mundo das artes e deixa um legado de suma importância para a população negra e a valorização de sua cultura, inspirando gerações. Entre os artistas que ensinou e influenciou, estão grandes nomes para as artes negras, como Augusto Omolu, Zebrinha, Paco Gomes, Nildinha e Armando Pequeno, que por sua vez formaram novos discípulos que reverberam o aprendizado recebido. Ao longo de sua brilhante carreira, King montou mais de 100 coreografias, trazendo elementos e danças folclóricas e populares brasileiras com as dos orixás, divulgando por todo o país e no exterior.

Ainda em vida, Mestre King ganhou ano passado a homenagem da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade vinculada da SecultBA, durante o Novembro das Artes Negras, quando foi inaugurada na sua sede a Sala King, espaço destinado para atividades culturais das diversas linguagens. No evento de inauguração, com presença de Mestre King, foi promovida uma programação cultural em sua homenagem, e também lançado, junto à Escola de Dança da Funceb, o AGÔ - Núcleo de Pesquisa em Dança Afro, pioneiro no gênero.

 


“A importância de Mestre King para a dança afro transcende as fronteiras do Brasil. Nos Estados Unidos e em países da Europa por onde levou esse legado ele é muito respeitado. Um homem que venceu preconceitos sendo um dos primeiros negros a adentrar a Escola de Dança, e que ao longo da sua vida desenvolveu um trabalho que formou não somente dançarinos, mas cidadãos com uma perspectiva sólida para o futuro através da arte. Por tantos motivos, para nós, para a cultura baiana como um todo, Mestre King é imortal!”, declara a Secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana.

Fonte : SECULT BA (14/01/2018 12:00)- janeiro 2018

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