O cantor Gerônimo afirmou que participar da programação do bicentenário da Independência no estado é importante para ele, que considera a data um dos grandes marcos da sua vida. “Com o Dois de Julho aprendi a amar cada vez mais a minha terra, os heróis e as heroínas, mulheres que acompanharam o exército para ajudar os feridos, que ajudaram na cozinha, esse apoio que foi importante para aqueles que ficaram aqui e enfrentaram a situação do (general português) Madeira de Melo. O Campo Grande para mim é um retrato que conta a nossa história, com a imagem do caboclo lá, a escultura que representa a vitória que a Bahia teve na insurreição contra os portugueses”.
De acordo com o cantor, aqui na Bahia as pessoas deram a própria vida para que hoje tenhamos independência. “Salve o Dois de Julho! Será um show épico, com algumas composições que eu retrato a história das batalhas, a exemplo de 'Ê Tempo Ê', 'Fumo e Mel', e 'Marujada de Quebra Ferro'”.
Em seguida, às 19h, começa o Baile da Independência, com a Orquestra do Maestro Fred Dantas e convidados. O maestro afirma que o evento, para ele, reflete o que foi sempre as festas da mocidade, que eram as quermesses após o 2 de Julho. “Todos nós sabemos que a data sempre inspirou paixões muito sérias, porque tem um conflito que está no DNA da Independência do Brasil na Bahia. E o baile é como se fosse o alívio, uma comemoração urbana, social. Sempre procuramos reproduzir no Campo Grande esse clima, através da dança de salão, das músicas baianas, dos compositores tradicionais que por lá passam. Este ano, teremos no palco com a gente Muniz do Garcia, com 78 anos, que tem composições próprias lindas e que merecem ser divulgadas para a grande mídia”.
No dia seguinte, na terça-feira (4), o palco do Campo Grande recebe o espetáculo Amado Caymmi – homenagem a Jorge Amado e Dorival Caymmi, com Alice Caymmi, Márcia Short, Will Carvalho e Elane Fernandes, a partir das 19h.
Na quarta-feira, dia 05 de julho 2023, o Teatro Gregório de Mattos (TGM) recebe, a partir das 13h, a IV Jornada do Patrimônio Cultural de Salvador – 200 Anos de Independência. Em seguida, a partir das 18h, acontece a tradicional Volta da Cabocla, com o retorno dos carros dos caboclos do Campo Grande para o Pavilhão da Lapinha, com a participação da Orquestra do Maestro Reginaldo de Xangô. Às 19h, a banda Ifá e convidados das Nações Congo Angola se apresentam no Palco Lapinha.
Ainda na esteira da celebração do bicentenário da maior festa cívica da Bahia acontece a Festa de Labatut, no final de linha de Pirajá, na quinta (6) e sexta-feira (7). Também na quinta-feira (6), no mesmo local, ocorre a Cruzada Evangélica, a partir das 18h. Já entre os dias 7 e 9, a partir das 19h, o bairro recebe apresentações artísticas e eventos musicais.
O Bando de Teatro Olodum vai fazer uma série de apresentações do espetáculo “A Resistência Cabocla”, com a participação de convidados, no Subúrbio 360, em Coutos. A primeira acontece na sexta-feira (7), às 19h, para o público geral, e depois entre os dias 10 a 14 de julho, às 10h e às 14h, dentro do Projeto Especial Bicentenário nas Escolas, para alunos da rede municipal de ensino.
Está prevista para o dia 25 de julho 2023, a entrega do Monumento em Homenagem a Maria Felipa, na Praça Visconde de Cairu, no Comércio, e a abertura ao público do Memorial da Independência, na Lapinha, em data a ser divulgada em breve.
Fonte : AGE SALVADOR (03/07/2023) - JULHO 2023
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