A Garanheta cuja origem do nome está na fusão das palavras Garanhuns e Micareta, é o carnaval fora de época da cidade de Garanhuns, inspirado na tradicional Micareta de Feira de Santana na Bahia.
A festa, na realidade, é o nosso carnaval, pois, aqui não se realiza carnaval de época, já há algum tempo, transformando-se a cidade no período momesco em "Cidade Retiro".
O evento teve início em 1990 quando os amigos da "Confraria Clube da Esquina" lançaram a idéia e tiveram a ousadia de realizá-la, contando para tal, com o apoio da Prefeitura Municipal.
Foi o primeiro carnaval fora de época realizada fora da Bahia, acontecendo em seguida a Micarande em Campina Grande, uma semana após.
Fato curioso é que a primeira Garanheta teve sua data de início marcada para o Sábado de aleluia daquele an o (1990, Sexta-feira Santa, após a meia-noite) quando um pequeno bloco intitulado "Biriteiros da Meia-Noite" abriu a festa, madrugada adentro, ao som do mini-trio elétrico "Energia" e da banda "Ratos de Cana" composta pelos amigos de Confraria".
A decisão de iniciar a festa naquele dia e naquela hora gerou intensa polêmica na cidade, tendo a Igreja Católica assumido a frente dos protestos. Mas, o que teria levado os organizadores a marcar o início da festa naquele dia e naquela hora? É que, tradicionalmente acontecia na cidade, no sábado de Aleluia, um Baile Carnavalesco intitulado Micareme, de onde veio a idéia de começar a festa nos primeiros minutos do Sábado.
Apesar de todos os protestos a festa aconteceu e foi um sucesso.
O único bloco (se é que se pode chamar de bloco) era "Os Biriteiros da Meia-Noite". Nas noites do sábado e domingo, a festa foi animada por um único trio, o pernambucano Asas da América, àquela época, a maior expressão em termos de trio elétrico no estado.
A Garanheta é um evento feito através de parceria entre o poder público municipal e a iniciativa privada, com a participação de diversos órgãos estaduais e municipais.
À Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Turismo, cabe a organização, coordenação, divulgação a nível institucional e articulação das partes envolvidas e o merchandising das vias públicos.
À iniciativa privada, cabe a organização dos blocos e o patrocínio comercial interno dos blocos.
Aos órgãos municipais e estaduais (secretarias municipais, concessionárias de serviços públicos, órgãos de segurança, etc.) cabe o apoio à realização do evento.
Seis meses antes da realização do evento, começa a movimentação por parte dos blocos que começam suas organizações internas e definição de atrações, além de iniciarem a venda dos "kits-fantasia" envolvendo para tanto os chamados "comissários" que são, na realidade, em sua maioria, estudantes que se dispõem a fazer o trabalho de venda, percebendo uma comissão pelo trabalho de venda, percebendo uma comissão pelo trabalho.
Durante as semanas que antecedem o evento, uns grandes números de pessoas são incorporados, desde funcionários de empresas montadoras - responsáveis pela montagem da infra-estrutura física - equipes de segurança privada, equipes de coordenação, taxistas, trabalhadores dos setores de hóteis, bares e restaurantes e a economia informal, representada principalmente pelos vendedores ambulantes. São milhares de pessoas envolvidas
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