"A dança do batuque é caracterizada por movimentos vigorosos e enérgicos, acompanhados por ritmos marcados pelos tambores. Os dançarinos se movimentam em círculos, interagindo uns com os outros e com os músicos em uma dinâmica de resposta e sincronia. Os passos da dança são improvisados e variam de acordo com o ritmo e a energia da música. Além dos movimentos corporais, expressões faciais e gestos também são usados para transmitir emoção e contar histórias durante a dança." (2).
Qual foi a primeira Dança que surgiu na Bahia? Com um ritmo animado, o Maculelê foi a primeira dança que surgiu na Bahia e
se originou na época do Brasil Colônia, com raízes indígenas e africanas.
Dança dramática que teve a sua origem nas plantações de cana-de-açucar na Bahia e, além de ser utilizada em comemoração a boa colheita do produto.
baiano, a dança
Dança viva, com coreografia individual, permitindo improvisações e habilidades de pés e velocidade de movimentos de corpo consagradores na apreciação popular. Era o baile do Birico e do Mateus (Rio Grande do Norte) ou de Mateus e Fidélis (Pernambuco) no bumba-meu-boi, sempre aplaudidos: "Dança rasgada, lasciva, movimentada, ao som do canto próprio, com letras, e acompanhamento a viola e pandeiro, e originário dos africanos, transformação das suas danças nacionais como o maracatu e o batuque. Do baiano muito em voga ainda, principalmente nos divertimentos e folganças rústico-campestres, vem a música assim chamada pelo tom abaianado que a caracteriza." (1)
Sílvio Romero (Cantos Populares do Brasil, XV-XVI): "O tempo. Os figurantes, em uma toada certa, tem a faculdade do improviso e fazem maravilhas, os tocadores de viola vão fazendo o mesmo, variando os tons. Dados muitos giros na sala, aquele pára, vai dar uma umbigada noutro que se acha sentado e este surge a dançar. O movimento se anima, e, passados alguns momentos, rompem as cantigas e começam os improvisos poéticos. Aí se exerce uma força verdadeiramente prodigiosa e os cantos inspirados por motivos de ocasião e sempre com vivíssima cor local, ou varrem-se para sempre da memória, ou decorados e transformados, segundo o ensejo, vão passando de boca em boca, e constituindo esta abundante corrente de cantos líricos, que esvoaçççam por toda a extensão do Brasil."(2)
O baiano é um produto do mestiço; é a transformação do maracatu africano, das danças selvagens e do fado português." Aluísio Alves (Angicos, Rio de Janeiro, 1940): " Baiano ou baião. Dança sapateada, em que os personagens davam castanholas do começo ao fim. Estes eram convidados da seguinte maneira: sentados ou em pé, esperavam que o tocador se aproximasse, requebrando-se e lhes fizesse uma cortesia, que constava de um cumprimento aberto, no qual a viola continuava a tocar. O primeiro contemplado, após o tocador sentar-se, saía pelo salão, dando castanholas, e logo jogava o lenço da sorte a outro.
E assim sucessivamente, vinham dançar muitos dos presentes
arara
Dança cômica, divertimento comum na Bahia e outras regiões. Os pares dançam ao redor de um homem que empunha um bastão, tem um chapéu a cabeça, um xalie, etc. Num dado momento grita: "arara!" Todos trocam as damas e se o homem do bastão consegue ficar com alguma, o dançarino que ficou sem par será o novo arara. Não há no Nordeste e no Sul, música especial para o arara.
axé music
Originado na década de 80, o ritmo que virou a dança, ficou conhecido nacionalmente através do "pai do axé" Luiz Caldas.
O gênero musical mistura reggae, frevo, maracatu, e forró,
sendo um dos principais atrativos do Carnaval da Bahia. A expressão axé, significa "energia positiva", saudação nas religiões do candomblé e na umbanda.
"O ritmo animado ganhou ao longo dos anos a nomenclatura de axé music, representando as origens internacionais na construção da melodia.
Não é à toa que a agitação e as coreografias marcantes desse exemplo de danças da Bahia conquistaram o Brasil." (3)
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baiã
O Baião é a dança cantada que mistura elementos africanos, indígenas e portugueses, e com vestimenta típica: Saias rodadas grandes com muitas flores e cores vibrantes, para fazer os típicos rodopios e balanceios dessa dança. Com uma melodia marcante é regado ao som da sanfona, viola caipira, flauta doce e triângulo.
bambaê
Bambaê, ou Farra de Caixa é uma dança ou batuque também chamada farra de caixa. a semelhança do tambor de crioula no bambaê não dispensam os dançadores a clássica umbigada ou punga.
bate-Pau
Modalidade de dança de samba baiano.
batucajé
Dança profana ao som de tambores.
bumba-meu-boi
Cortejo dançante que sai pelas ruas de Salvador desde 1922.
burrinha de ouro
Trata-se de um bando de crioulas bem trajadas, que rebolam e dançando acompanhando um ágio dançarino, que cantam e saracoteiam.
capoeira
Dança e luta de origem africana trazida para o Brasil pelos escravos vindos de Angola durante o período colonial. Manifestação que originou a dança.
cateretê
Dança rural, em fileiras opostas e cantada, e cujo nome indica origem tupi, mas que coreograficamente se mostra muito influenciada pelos processos africanos de dançar.
catopê
Cortejo dançante, de origem africana, que lembra as congadas e maracatus, guiado pelo mestre, que usa capacete enfeitado de penas de ema e toca flauta de bambu, e pelo contramestre, ao som de pandeiros, tambores, tamborins e reco-recos percutidos por todos os componentes, que também cantam.
caxambu
é grande tambor, de origem africana, usado na dança do mesmo nome, no bailado moçambique e no jongo; bendenguê. Variedade de samba, dançado ao som desses tambores e doutros; jongo.
ciranda
Dança típica do litoral nordestino, em que os integrantes giram de mãos dadas, em círculo, com passo característico e cantam, repetindo um refrão, enquanto a cirandeira ou o cirandeiro canta versos de improviso.
chula
Ritmo e dança de origem portuguesa que se enraizou no sertão e Recôncavo baiano tocada com vilão, viola e instrumentos percussivos.
côco-peneruê
Dança de terreiro, mais comum no litoral baiano, com sapateado, e cujo ritmo se parece com o da batida de casca de coco, e é mantido por dois cantadores e a percussão de pequenos tambores e pandeiros.
congo
Dança popular, com acompanhamento de tambores e flautins, em que os dançarinos se apresentam mascarados, representando diversas personagens (capitão, soldados, Diabo, bobos, feiticeiro, etc.): "O danço-congo exibe-se ao ar livre, nas clareiras do mato ou nos terreiros". (Fernando Reis, Povô Flogá, p. 36.).
cortejo afro
Cortejo de natureza semi-religiosa e que, no carnaval,desfila cantando e dançando,mas sem se mesclar com as outras manifestações carnavalescas.
cortejo blocos
Grupo de foliões que, durante o carnaval, dançam e cantam nas ruas ao som do trio elétrico.
dança do fogo
Dança feita em homenagem a Xangô, deus do fogo e dos trovões.
fandangos
São danças e cantos originários da áfrica. No dia de São Benedito (26 de dezembro), em comemoração a coroação de um rei do Congo, desfiles de negros, no dia de São Benedito (26 de dezembro), em comemoração no Nordeste dançam o fandango.
farra de boi
Marujada, popularmente conhecido como farra de boi é também tem o nome de marujada, no Norte e no Nordeste. No período do Natal, personagens vestidos de marinheiros cantam e dançam ao som de instrumentos de corda.
farra de caixa
Farra de Caixa ou Bambaê, é uma dança ou batuque também chamada farra de caixa. a semelhança do tambor de crioula no bambaê não dispensam os dançadores a clássica umbigada ou punga.
frevo
Dança pernambucana carnavalesca de rua e de salão, essencialmente rítmica, em compasso binário e com andamento acelerado na qual os dançarinos (passistas) executam coreografia individual, improvisada e frenética. (Prefeitura Municipal de Pernanmbuco)
jongo
Dança de roda, espécie de samba, que se movimenta em sentido anti-horário, acompanhado por tambores ditos de jongo, como, p. ex., o candongueiro3, o caxambu, mas sua coreografia difere em cada localidade; só é dançado a noite.
Como expressão cultural, o jongo é uma dança que têm canto e dos instrumentos típicos como o atabaque, pandeiro e tambor.
"A palavra jongo, oriunda da língua quimbundo, tem como sinônimo "jogo de adivinhação". O jogo dançado e marcado por pontos lança desafios entre os participantes, que por improviso incitam uns aos outros em uma atmosfera encantada, tomando os jongueiros por feiticeiros. De acordo com a folclorista Maria de Lourdes Borges Ribeiro trata-se de uma -dança ungida de magia." (4)
lambada
Dança popular cantada, cujos participantes executam variações coreográficas muito próximas do samba, sem a primitiva disposição de roda.
maracatu
Folguedo de origem afro-brasileira. Como as congadas, inspira-se nas coroações de reis negros. Num cortejo real, os blocos saem pelas ruas nos dias de Carnaval, divididos em alas que representam nações africanas.
marujada
Marujada, popularmente conhecido como farra de boi é também tem o nome de marujada, no Norte e no Nordeste. No período do Natal, personagens vestidos de marinheiros cantam e dançam ao som de instrumentos de corda.
maxixe
Dança urbana, geralmente instrumental, de par unido, originária da cidade do Rio de Janeiro, onde apareceu entre 1870 e 1880, como resultado da fusão da habanera e da polca com uma adaptação do ritmo sincopado africano. Era em compasso binário simples, andamento rápido, e caracterizavam-na requebros de quadris, voltas, quedas e movimentos de rosca (parafusos), acompanhados de passos convencionados ou improvisados pelos dançarinos. Foi substituída pelo samba, na segunda década do séc. XX.
patheon dos orixás
Procissão dos médiuns já incorporados nos deuses africanos (orixás), onde cada um mostrará, através da dança, as principais características da personalidade de cada divindade: Ogun, oxum, Omolu, Iansã e Oxóssi.
poracaé
Dança religiosa dos índios, ao som do maracá, da flauta e do tambor.
punga
Espécie de samba de roda, cantado, com solo coreográfico e umbigada, e ao som do tambor grande, da pererenga e do socador; ponga, tambor-de-crioula.
puxada de Rede
Manifestação popular ainda encontrada nas praias da Bahia, na qual iemanjá, a Deusa do Mar, é saudada pelos pescadores e suas esposas, que, através de danças e canções, imploram por uma boa pescaria.
quatragem
Dança antiga, sapateada por quatro pessoas no meio de uma roda de outras que batiam palmas, tocavam adufes e tambores, e cantavam alternadamente.
samba-de-roda
é a mais descontraída dança da Bahia, desde os tempos em que era executada pelos escravod nas senzalas.
samba-reggae
O Samba-Reggae é um ritmo que mistura do samba com o reggae jamaicano. O gênero musical foi criado na década de 80 em Salvador, na Bahia (Brasil), por Antnio Luís Alves de Souza, conhecido como "Neguinho do Samba", mas se tornou conhecido nacionalmente em 1986, nas apresentações do Olodum, onde ele era maestro da bateria, CONTINUAÇÃO AQUI.
socopé
Dança popular com acompanhamento de coro, tambores, canzás e pitos.
sorongo
Dança negra, de origem africana, do tipo batuque ou samba.
torrado
Dança popular, lasciva, espécie de samba.
umnigadas
Dança popular, lasciva, espécie de samba.
As mulheres ficam a uns 15 metros de distância. Então, começa a dança, começam as umbigadas. Cada homem, dançando, dá três umbigadas numa mulher.
Os músicos tocam. Um batuqueiro "modista" faz a poesia, os versos.
xerém
Essa dança lembra um pouco o ritmo da polca e o baio assemelha-se ao antigo miudinho do sul do país. Os pares fazem piruetas, no meio da roda formada pelos dançadores, soltam-se dos braços um do outro, requebram, fingem que vão enlaçar-se de novo, e ao se aproximarem um do outro, tiram graciosamente o corpo, o que provoca riso nos circunstantes.
xiba
Espécie de dança rural cantada, popular, provavelmente de origem portuguesa, mas cujo ritmo sofreu alterações por influência negra.
BIBLIOGRAFIA
Pesquisadora Lilian Cristina Marcon
(1) CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. Coleção Terra Brasilis. Rio de Janeiro. Ediouro, 1972.
(2) ROMERO, Sílvio .Cantos Populares do Brasil, XV-XVI
(3) Resort Costa do Sauípe - costadosauipe.com.br
(4) Biblioteca Nacional, Coleção Brasilianas Danças Características, por Tatiane Cova, 20/09/2021
- Revivendo Músicas
www.carnaxe.com.br