A idéia é reduzir a quantidade de pessoas no bairro e, desta forma, conseguir diminuir a ocorrência de furtos, roubos e até de mortes na celebração. Segundo ele, entretanto, a participação dos trios já está definida para a festa do próximo ano: serão oito. Apesar de não considerar elevado o número de caminhões elétricos no percurso, Roberto Nunes acha alta a quantidade de foliões nos blocos. “O que se precisa fazer é diminuir o número de componentes”, opina.
Outra dificuldade enfrentada pela comissão de organizadores é a falta de recursos para o desfile. “Este ano, não contamos com a participação dos Filhos de Gandhy, porque não tivemos como pagar”, lamenta Nunes. Depois de ver desaparecerem festas de largo como a da Pituba, Itapuã luta para sobreviver no século XXI. Para isso, conta com a ajuda de alguns comerciantes e a boa vontade de moradores e apaixonados pelo bairro. Entre eles, estão os homens do mar, reunidos na Colônia de Pesca Z—6, e o Grupo das Ganhadeiras, formado por mulheres que se uniram para homenagear, através da música e da dança, as antigas quituteiras que promoviam a festa em seus primeiros tempos.
“Só sinto o fato de não recebemos um apoio maior dos órgãos públicos, senão a festa poderia ser ainda mais bonita”, afirma Gildete Mendes, coordenadora do Cortejo das Baianas da lavagem. Ela é uma das responsáveis pela programação, que começa às 2h, com o Bando Anunciador e prossegue às 5h, com a alvorada de fogos e a tradicional saída da carroça da antiga casa de Dona Niçu. Às 10h, a festa continua com a saída dos cortejos em direção ao adro da igreja – onde ocorre a lavagem – e, às 13h, começa o desfile dos blocos de trios.
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