“Mulheres empoderadas desfilando na avenida”. Esse foi o tema do bloco Afoxé Filhas de Gandhy que abrilhantou o Circuito Dodô, nesta segunda-feira (27). A entidade com 37 anos de tradição no Carnaval de Salvador reforçou a mensagem de luta pelo empoderamento feminino na festa de Momo. Ao todo, foram 800 associadas puxadas pelas alas das baianas e capoeiristas, embaladas por um cortejo de percussionistas – todas mulheres.
A produtora cultural da entidade, Franciene Simplício, explica que o afoxé também faz uso do Carnaval para protestar contra a violência à mulher na folia. “Usamos esse espaço de destaque que é o Carnaval para chamar atenção para nossas lutas”, disse. Há quatro anos a foliã Rosália Conceição, 64 anos, desfila no bloco, na opinião dela, que é negra e filha de santo, o melhor do Carnaval.
“Eu simplesmente amo isso aqui”, disse enquanto coreografava passos de dança afro. O afoxé foi criado para ser referência feminina no estilo de desfile e postura quase litúrgicos desenvolvidos há mais de seis décadas pelo seu equivalente masculino, o Filhos de Gandhy.
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