"As marchinhas surgiram no século XIX e ajudaram a popularizar e "abrasileirar" uma festividade importada da Europa, um tal de Carnaval.
Sua precursora é a chamada marcha portuguesa, ritmo importado popular na época, de quem herdou esta cadência militar, além do característico compasso binário".
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A Marchinha é um gênero musical que tem deboche e malícia. O nome "marcha" é derivado da da forma de andar dos soldados, mas na sua criação não tem nenhuma relação com os militares.
O motivo está nas batidas das marchinhas de carnaval, que são bem características e levam semelhanças com as fanfarras militares.
O certo é que um gênero musical autenticamente carioca, a marchinha, surgiu com o propósito de dar ritmo à desordem carnavalesca, ou seja, um ritmo mais intenso e festivo que o
SAMBA.
No Brasil a marcha popularizou-se nos blocos carnavalescos como MARCHA-RANCHO.
e MARCHA DE SALÃO.
e segue a fórmula introdução instrumental e estrofe-refrão.
primeira marchinha carnavalesca
Início do ano de 1899. Morava Chiquinha Gonzaga no bairro do Andaraí onde o Cordão Rosa de Ouro tinha a sua sede. Naquela tarde ensaiavam. A maestrina sentou ao piano e compôs uma música inspirada no cordão. Esta atitude banal, por incrível que pareça, ainda não tinha ocorrido a nenhum compositor. E assim surgia Ó Abre Alas!" (2) Sobre a expressão "abrir alas" que significa "dar passagem", SEE+
melodia simples e compasso binário
Em 1912, as marchinhas brasileiras possuíam forte influência das marchas portuguesas e o grande destaque carnavalesco foi com "Vassourinha".
Em 1915, a marcha "A baratinha", de uma revista musical portuguesa obteve grande sucesso e foi lançada como canção carnavalesca três anos depois, em gravação do cantor Baiano
R E F O R M U L A N D O
BIBLIOGRAFIA
(1) ABRAMUS - Associação Brasileira da Música, Marchinhas publicado em 15/02/2023
(2) GONZAGA, Chiquinha - site oficial da musicista, pesquisado em 2021
ARAÙJO, S. (Janeiro, 2005). «Entre palcos, ruas e salões: processos de circularidade cultural na música dos ranchos carnavalescos do Rio de Janeiro (1890-1930)». UFRGS. Em Pauta. 16 (26): 73-94. Consultado em 1 de junho de 2022