"Um marco na obra de Chiquinha Gonzaga, a marcha-rancho Ó abre alas foi composta em 1899, despretensiosamente, para um cordão carnavalesco que ensaiava próximo a sua casa. Sua biografia revela também que foi a primeira música feita especialmente para o carnaval. A primeira gravação cantada é de 1971, por Dircinha e Linda Batista."
Sobre a expressão "abrir alas" que significa "dar passagem".
Início do ano de 1899. Morava Chiquinha no bairro do Andaraí onde o cordão Rosa de Ouro tinha a sua sede. Naquela tarde ensaiavam.A maestrina sentou ao piano e compôs uma música inspirada no cordão. Esta atitude banal, por incrível que pareça, ainda não tinha ocorrido a nenhum compositor.
E assim surgia Ó Abre Alas" (1), que passaria a ser considerada a primeira marchinha carnavalesca brasileira.
Ô ABRE ALAS - 1899
Ó abre alas!
Que eu quero passar (bis)
Eu sou da lira
Não posso negar (bis)
Ó abre alas!
Que eu quero passar (bis)
Rosa de Ouro
É que vai ganhar (bis)
Em 1939, foi lançado uma nova música chamada ABRE-ALAS, autoria de Piedade e Jorge Faraj, ao qual foi
interpretada por Jaime Brito, lançada no mesmo ano pela Gravadora Odeon. Confira a letra:
ABRE ALAS - 1939
Ó abre alas
Que eu quero passar
Peço licença
Pra poder desabafar
A jardineira abandonou
O meu jardim
Só porque a Rosa
Resolveu gostar de mim
A jardineira abandonou
O meu jardim
Só porque a Rosa
Resolveu gostar de mim (BIS)
Eu não quero a rosa
Por que não a rosa
Que não tenha espinhos
Eu prefiro
A jardineira carinhosa
A flor cheirosa
Dos teus carinhos