Um baile é uma reunião de pessoas reunidas para dançar. BAL vem do BALLER que em francés que significa ato de dançar na corte.
origem dos bailes carnavalescos
Durante a Idade Média foi associado a um cerimonial, de elegáncia e decoro particulares das cortes, associaçõs estas que permanecem até os dias de hoje. Os bailes ganharam força durante a Renascença com a a influéncia dos grandes bailes franceses, da corte de Versalhes. A partir do século XVIII, os bailes se tornaram públicos instituídos pela monarquia.
Bal Masque - 1745 de Charles Nicolas Cochin (Masques de Fête)
primeiro baile de máscaras no Brasil
"A primeira referência a Baile de Máscaras no Brasil é
do ano de 1840, no Rio de Janeiro, importado da Europa pelas classes altas, junto
com alegorias sofisticadas. Nessa época, surgiram os CONFETES, as SERPENTINAS
e o LANÇA-PERFUME. (1)
A "Elite Carioca" por considerar o grosseiro os festejos carnavalescos acabou copiando o "Bal Masqué" do carnaval parisiense (Paris, França)
em teatros e salões. O primeiro BAILE DE MÁSCARAS no Brasil foi realizado em 1840, no Hotel Itália (Largo do Rócio), no Rio de Janeiro.
Tamanha foi a repercussão que o ano seguinte, a maioria dos estados e principais cidades brasileiras aderiram ao baile carnavalescos.
Dos salões, os Bailes foram transferidos aos Teatros. Em 1880, os Bailes incluiram músicas "cantadas" entoada pelos coros.
No Carnaval de 1903, o Rio inteiro perguntava QUEM INVENTOU A MULATA?, de Ernesto Souza.
Masquerade Ball de Franz Christoph Janneck
Os grandes bailes carnavalescos da Bahia foram em Salvador, promovidos pelo
Teatro São João e pelos clubes Cruz Vermelha e Fantoches da Euterpe, em 1884
e pelo Inocentes em Progresso em 1890, surgem como campanha ao esquecimento
do entrudo, numa tentativa de importar o carnaval de Nice e Veneza, cuja
exaltação ao luxo e à pompa, trariam à cena do carnaval brancos e crioulos de
classe média. As fantasias e as famosas máscaras venezianas inspiravam-se nos bailes de Paris.
Em 1840 acontece o primeiro Baile de Carnaval no Hotel Itália, na Rua Tiradentes do Rio de Janeiro
Em 1880, os Bailes incluiram músicas "cantadas" entoada pelos coros.
No Carnaval de 1931, o Rio inteiro perguntava QUEM INVENTOU A MULATA?.
As novidades não pararam por aí e as modalidades se multiplicavam, como as festas em casas de família,
bailes ao ar livre, bailes infantis, e até mesmo bailes em circo.
Em 1907 foi realizado o primeiro BAILE INFANTIL organizado pela Colomy Clube, dando início as famosas matinês.
Em 1909 surge o primeiro concurso, promovido pelo Baile High Life (fundado um ano antes), elegendo a mais bela mulher,
a melhor fantasia e dança, promovido pela High Life só os homens votavam. O prêmio era uma jóia valiosa e só os homens votavam.
Em 1918 surge o Baile dos Artistas no Teatro Fênix, até 1921. Passou pelo Assyrius e Teatro Municipal e em 1932 foi para o Hotel Glória.
Em 1932, surge o Baile do Municipal no Teatro Municipal com a presença do Presidente Getúlio Vargas. O Baile ganhou fama internacional pelo Concurso de Fantasia. Destaque para Clóvis Bornay.
Em 1951, surge o Baile Caju Amigo de Carlos Niemeyer (Nini). Nos anos 60, o Baile dos Pierrôs.
Em 1978 criado pelo produtor musical Guilherme Araújo, surge o O SUGAR LOAF CARNIVAL BALL, considerado um dos mais lindos e elegantes bailes de carnaval do Rio de Janeiro, sendo realizado em 15 edições.
clubes, sociedade e baile de máscaras
Os bailes eram refúgios dos mais abandonados. Que daí chegavam os "grandes clubes", importação da Europa. As decorações eram suntuosas, por vezes baseadas em fatos históricos.
Tudo do mais luxuoso, tecidos e ornatos vindos diretamente das melhores lojas para o carnaval da Bahia.
O uso de máscaras também é emblemático desse período.
Os bailes carnavalescos não estavam ao alcance de todos, nem de acordo com a moral de muitos,
assim os policiais passaram a distribuir gratuitamente máscaras a quem quisesse brincar o Carnaval, ou seja,
"os mascarados avulsos".
batalha de confetti e lança-perfume
Nos Carnavais das primeiras décadas do século passado, de 1914 até por volta de 1930, há notícias de que era
comum nos BAILES EM CLUBES, Ruas de bairros e Teatros fizessem as imponentes e inocentes BATALHAS de CONFETTI E LANÇA-PERFUMES no Rio de Janeiro, reunindo grupos de amigos e grandes famílias fantasiadas.
Nos bares desses recintos disponibilizavam a venda de confetes, serpentinas e diversas marcas de lancá-perfumes de grandes marcas importados e posteriormente nacionais.
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BIBLIOGRAFIA
- Pesquisadora Lilian Cristina Marcon
(1) AMORIM, Sonia Maria Costa de. Carnaval e Máscara: a magia da cena brincante da cidade de Rio de Contas, Salvador, 2006.
- Cadernos do IPAC, nº 3, Maragojipe
- COSTA, Haroldo - 100 anos de carnaval no Rio de Janeiro, Editora Irmãos Vitale, 2001
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