Entre as décadas de 1940 e 1960, o Brasil viveu o auge das marchinhas carnavalescas, que se tornaram a trilha sonora do Carnaval e conquistaram o coração do povo. Essas músicas, com suas letras bem-humoradas, irônicas e muitas vezes satíricas, foram marcantes por traduzir o espírito irreverente e festivo da maior celebração popular do país.

Esse período foi caracterizado por grandes compositores e intérpretes que marcaram a história da música brasileira, como Lamartine Babo, Braguinha (João de Barro), Haroldo Lobo, Chiquinha Gonzaga, entre outros. Compositores e intérpretes como Carmen Miranda e Emilinha Borba também ajudaram a popularizar o gênero.







As marchinhas eram criadas para serem cantadas em blocos, bailes e desfiles, e muitas delas traziam críticas sociais disfarçadas de bom humor. Canções como "Mamãe Eu Quero" e "Allah-lá-ô" tornaram-se ícones do Carnaval, ultrapassando gerações. Temas cotidianos, políticos e culturais eram abordados nas letras, sempre com leveza e criatividade. A interação direta com o público era um dos trunfos das marchinhas, que tinham refrões simples e fáceis de memorizar, garantindo sua popularidade.

Porém, a partir da década de 1960, as marchinhas começaram a perder espaço para outros ritmos, como o samba-enredo das escolas de samba, que traziam uma proposta mais elaborada e narrativa. Apesar disso, as marchinhas resistiram como parte do imaginário coletivo e até hoje são lembradas e celebradas em festas e blocos carnavalescos nostálgicos.

Essa época de ouro consolidou as marchinhas como um patrimônio cultural, evidenciando a capacidade única do brasileiro de rir de si mesmo e transformar qualquer situação em festa. Elas representam não só a música, mas a alegria, a espontaneidade e a criatividade do povo brasileiro.


1900 à 1939 - origem e história

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1940 à 1960 - o apogeu

  • 1940: UPA UPA (Meu Trolinho ou A Canção do Trolinho)
    Composição de Ary Barroso, a marchinha foi um sucesso carnavalesco. CONTINUAÇÃO AQUI
    Upa, Upa, Upa
    Cavalinho alazão
    Ê Ê Ê, Não erre de caminho não

  • 1940: MAL-ME-QUER
    Interpretado por Orlando Silva pela Gravadora Victor, a marchinha foi composta por Cristóvão de Alencar e Newton Teixeira. O sucesso foi imediato e não perdurou para o ano seguinte. CONTINUAÇÃO AQUI
    Eu perguntei a um mal-me-quer
    Se meu bem ainda me quer
    Ela então me respondeu que não

  • 1940: KATUCHA
    Marchinha carnavalesca foi apresentada em grande estilo ao Presidente do Brasil em dezembro de 1939, mas após o Carnaval carioca de 1940, o seu sucesso, não perdurou. Foi interpretada por Dyrcinha Batista e composta por Oswaldo Santiago e George Moran.


Essas apresentações eram de Marchinhas e de Samba.


  • 1941: AURORA
    A marchinha carnavalesca é composta por Roberto Roberti e Mário Lago em 1940. Em 1941 foi sucesso do Carnaval, sendo interpretada pela dupla Joel e Gaúcho, pela Gravadora Columbia. CONTINUAÇÃO AQUI

    Se fosse sincera
    Ô ô ô ô, Aurora
    Veja só que bom que era
    Ô ô ô ô , Aurora



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  • 1941: ALLAH-LÁ-Ô
    Tudo começou quando em 1940, quando Haroldo Lobo (*1910 +1965 RJ) compôs uma marchinha carnavalesca para os desfiles do Bloco da Bicharada em 1940, na Gávea, no Rio de Janeiro.
    Chegou, chegou a nossa caravana
    Viemos do deserto
    Sem pão e sem banana pra comer
    O sol estava de amargar
    Queimava a nossa cara
    Fazia a gente suar".

    Preparando repertório para o carnaval, "Haroldo pediu a Antônio Nássara (*1910 +1996) para completar a composição", (7) que é hoje, uma das marchinhas carnavalescas mais populares do Brasil. A marchinha carnavalesca Allah-la-ô foi lançada em 1941 com a interpretação de Carlos Galhardo, através da Gravadora Victor, CONTINUAÇÃO AQUI

    Allah-la-ô, ô ô ô, ô ô ô ô
    Mas que calor, ô ô ô, ô ô ô (bis)
    Atravessamos o deserto do Sahara
    O sol estava quente, queimou a nossa cara


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  • 1942: A BARATINHA (outra marchinha)
    O que mais acontecia entre os compositores de marchinhas carnavalescas, eram cópias e adaptações de estribilhos de outras marchinhas ou até nomes idÊnticos. Pois bem, esta foi um dos casos, mas não teve tanto sucesso assim e nem ficou famosa. Em 1941 foi gravada outra marchinha com o nome de "A Baratinha", com o mesmo nome da MARCHINHA de 1917. A composição de 1941 foi de Antônio Almeida, mas lançada no Carnaval de 1942 interpretada pela cantora Isaura Garcia, com acompanhamento Grande Conjunto de Benedito Lacerda. como a de 1917.




Roberto Magalhães GouvÊa


  • 1942: ESTÁ CHEGANDO A HORA
    Grande sucesso carnavalesco composto por Rubens Campos e Henricão. A marchinha carnavalesca foi praticamente uma adaptação da canção "Cielito Lindo" (A.Sedas e F.Tudelas). Tamanho o sucesso, que é cantada até nos dias de hoje, no FINAL de um Baile, blocos, etc. CONTINUAÇÃO AQUI

    Ai ai ai ai
    Está chegando a hora
    O dia já vem raiando meu bem
    E eu tenho que ir embora

  • 1942: CHICA, CHICA BOA
    Composta por Cristóvão de Alencar e Benedicto Lacerda e interpretada por Orlando Silva. CONTINUAÇÃO AQUI <

    vocês viram por aí
    A chica chica boa?
    É uma garota que fugiu
    Lá da gamboa

  • 1942: NÓS OS CARECAS
    A marchinha carnavalesca é de composição de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti,com interpretação pelo Grupo Anjos do Inferno, pela Gravadora Columbia. Lançada em janeiro de 1942, foi um sucesso no Carnaval deste ano. CONTINUAÇÃO AQUI

    Nós, Nós os carecas
    Com as mulheres, somos maiorais
    E na hora do aperto
    É dos carecas que elas gostam mais

  • 1942: ESCRAVOS DE JÔ
    Olha só! Uma Ciranda-de-Roda popular adaptada ao ritmo da marchinha carnavalesca, e, sendo um tremendo sucesso no Carnaval de 1942. Isso mesmo! Foi um tremendo sucesso carnavalesco em 1942 na voz de de Castro Barbosa, acompanhado pelo Conjunto de Benedito Lacerda, gravado pela Columbia. CONTINUAÇÃO AQUI

    Escravos de Jó
    Jogavam caxangá
    Bota, Tira
    Deixa o zambelê ficar
    Guerreiros com guerreiros
    Zigue, zigue, zigue, zá

  • 1943: CHINA
    Marchinha que fez um sucesso composta por Joao de Barro (Braguinha) e Albeiro Ribeiro (*1902 +1971) e Interpretado por Castro Barbosa, através da Gravadora Columbia. CONTINUAÇÃO AQUI

    É China pau
    É China pau
    Como quê?
    É China pau
    China duro de roer


  • 1943: futebol - hinos x marchinhas
    Em 1943, Lamartine Barbo (+1904 +1963) que apresentava um Programa de Rádio Trem da Alegria, decidiu homenagear com marchinhas carnavalescas, os clubes de futebol do Rio de Janeiro. Lamartine Barbo começou compôr hinos em 1943, (em forma de marchinhas) para 11 clubes que disputaram o Campeonato Estadual de 1943, entre eles Flamengo, América, Fluminense, Botafogo e Vasco CONTINUAÇÃO AQUI

    Uma vez Flamengo, sempre Flamengo
    Flamengo sempre eu hei de ser!
    É o meu maior prazer vê-lo brilhar
    Seja na terra, seja no mar
    Vencer, vencer, vencer

  • 1944: ATIRE A PEDRA
    Interpretada por Orlando Silva pela Gravadora Odeon. Os compositores Ataulfo Alves e Mário Lago ressaltam essa canção ser samba, oras falaram na mídia com "marchinha carnavalesca". Essa canção não foi expressiva popularmente, não tendo muito sucesso. CONTINUAÇÃO AQUI

  • 1946: CORDÃO DOS PUXA-SACOS
    O Carnaval de 1946 foi o primeiro carnaval depois do Fim do Estado Novo, onde os compositores Frazão e Roberto Martins já podiam satirizar a política. O cordão dos puxa-sacos foi interpretada pelo Grupo Anjos do Inferno, e gravado na RCA Victor. CONTINUAÇÃO AQUI

    Lá vem o cordão dos puxa-saco
    Dando viva aos seus maiorais
    Quem está na frente é passado pra trás
    E o cordão dos puxa-sacos
    Cada vez aumenta mais

  • 1949: CHIQUITA BACANA
    A marchinha carnavalesca foi gravada pela Continental em 1948, mas lançada no Carnaval do Rio de Janeiro de 1949, onde fez grande sucesso na voz da cantora Emilinha Borba. Composição de João de Barro e Alberto Ribeiro, CONTINUAÇÃO AQUI

    Chiquita bacana lá da Martinica
    Se veste com casca de banana nanica
    Não usa vestido, não usa calção

  • 1949: BALZAQUEANA
    Composta por Nássara e Wilson Batista e interpretada por João Goulart (Jorge Neves Bastos *16/01/1926 +17/03/2012) foi intérprete dessa canção com acompanhamento de Severino Araújo e sua orquestra Tabajara. Sucesso no Carnaval do ano seguinte (1950). CONTINUAÇÃO AQUI

    Não quero broto
    Não quero, não quero, não!
    Não sou garoto
    Pra viver na ilusão
    Sete dias na semana
    Eu preciso ver
    Minha balzaquiana!


  • 1950: DAQUI EU NÃO SAIO
    Eternizou a composição de Paquito e Romeu Gentil. Interpretado pelo Grupo Vocalistas Tropicais, pela Gravadora Odeon. CONTINUAÇÃO AQUI
    Daqui não saio
    Daqui ninguém me tira
    Onde é que eu vou morar?
    O senhor tem paciência de esperar!
    Ainda mais com quatro filhos
    Aonde é que vou parar?

  • 1950: A MULHER DO DIABO
    A marchinha foi composta por Antônio Almeida e interpretada por João Goulart, com gravação no Todamérica.

  • 1950: SALVE A MULATA
    Tantos eram os lançamentos das marchinhas, que esta, não brilho tanto no Carnaval. Composição de Antônio Almeida e João de Barro, com interpretação do cantor João Goulart.

  • 1950: MARCHA DO GAGO
    Interpretado pelo sambista e ator Oscaristo, pela Gravadora Star, a marchinha foi composta por Armando Cavalcanti e Klécius Caldas, CONTINUAÇÃO AQUI

    Eu fico ga, ga, ga, ga, gago
    Dentro do salão
    E até pa, pa, pa, pa, pago

    Pra não ver canhão

  • 1951: SEREIA DE COPACABANA
    A marchinha foi apresentada no Carnaval de 1951, com composição de Nássara e Wilson Batista, com interpretação do cantor João Goulart. CONTINUAÇÃO AQUI

    O meu coração não me engana
    Eu quero uma sereia de Copacabana! (bis)

  • 1951: AS GRANDES MULHERES
    Esta marchinha não brilhou tanto no Carnaval. Composta por Roberto Martins e Roberto Roberti, interpretado pelo cantor João Goulart, com acompanhamento de Severino Araújo e Orquestra Tabajara.

  • 1951: ZUM ZUM
    Essa marchinha carnavalesca foi composta Fernando Lobo e Paulo Soledade, em homenagem ao Comandante Edu (Eduardo Martins de Oliveira) morto em desastre de avião, ao qual era o piloto do Voo Panair do Brasil 099 que caiu em 28/07/1950. O Comandante Edu era um dos fundadores e porta estandarte do famoso Clube dos Cafajestes, ao qual o compositor Paulo Soledade fazia parte. CONTINUAÇÃO AQUI


    Oi Zum, zum
    Oi Zum, zum
    Tá faltando um (bis)


  • 1951: TOMARA QUE CHOVA
    A marchinha caiu no gosto do povo, pois retratata a falta de água que o Rio de Janeiro enfretava (até a Construção da 2º Adutora do Guandu). Composta por Romeu Gentil e Paquito, interpretada em 1951 pelo Grupo Vocalistas Tropicais; CONTINUAÇÃO AQUI

    Tomara que chova
    Tres dias sem parar
    A minha grande mágoa
    E lá em casa não ter água
    E eu preciso me lavar




    No Carnaval de 2019, o cartunista João Bosco fez essa charge, regado a muito humor, continuação aqui


  • 1952: LATA D´AGUA
    A marchinha composta por Luís Antônio e Jota Júnior, foi inspirada na mineira (Diamantina) Maria Lata D'Água (Maria Mercedes Dantas) que desfilou no Carnaval do Rio de Janeiro quando tinha 18 anos de idade, com uma lata de 20 litros cheia de água em cima da cabeça. Composta em 1951, a marchinha Lata D´Agua fez sucesso no Carnaval carioca de 1952, na voz da cantora Marlene. EDm 1952, Marlene antou também no filme "Tudo Azul" (1952). CONTINUAÇÃO AQUI

    Lata d'agua na cabeça
    Lá vai Maria, Lá vai Maria
    Sobe o morro, não se cansa
    Pela mão leva a criança

  • 1952: SASSARICANDO
    "Última marchinha de carnaval a fazer sucesso depois de passar pelo teatro rebolado" (1), ou Teatro de Revista. Composta por Luiz Antonio, Oldemar Magalhães e Zé Mário (Jota Júnior), com interpretação da cantora Virgínia Lane.
    Em 2007 foi lançado no Rio de Janeiro, um musical de marchinhas entitulado "Sasaricando, E o Rio Inventou a Marchinha", composto de quase 100 canções de Lamartine Babo, Braguinha, Haroldo Lobo, e Noel Rosa, com autoria de Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral Direção de Claudio Botelho e direção musical de Luís Filipe de Lima. CONTINUAÇÃO AQUI

    Sa, sassaricando
    Todo mundo leva a vida no arame
    Sa, sassaricando a viúva, o brotinho e a madame

  • 1953: SACA ROLHA
    Sucesso no Carnaval de 1954, composta um ano antes. A marchinha foi composta po Zé da Zilda (José Gonçalves *1919 +1954), Zilda do Zé (Zilda Gonçalves *1919 +2002) e Waldir Machado, com interpretação na voz de Zé da Zilda & Zilda do Zé, pela Gravadora Odeon. CONTINUAÇÃO AQUI

    As águas vão rolar
    Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
    Eu passo a mão na saca-saca-saca rolha
    E bebo até me afogar



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  • 1953: CACHAÇA
    Foi a marchinha carnavalesca mais cantada no Carnaval de 1953. Composta em 1952 por Mirabeau, Lúcio de Castro e Heber Lobato e Marinósio T. Filho, interpretado por Carmem Costa e Colé, pela Gravadora Copacabana em 1952. CONTINUAÇÃO AQUI

    você pensa que cachaça é água?
    Cachaça não é água, não
    Cachaça vem do alambique
    E água vem do ribeirão

  • 1954: MARIA CANDELÁRIA
    Esta marchinha foi uma sátira as funcionárias públicas que abusavam de regalias. Composta em 1952, fez sucesso no Carnaval de 1954. Composta por Armando Cavalcanti e Klécius Caldas, foi Gravada em 1953 peloi Grupo Blecaute. CONTINUAÇÃO AQUI

    Começa ao meio-dia
    Coitada da Maria
    Trabalha, trabalha, trabalha de fazer dó

  • 1954: PIADA DE SALÃO
    Esta marchinha venceu o Concurso de Marchinhas da Prefeitura do Rio de Janeiro no Carnaval de 1955. Composta em Klecius Caldas, Armando Cavalcanti, interpretado pelo Grupo Blackout, gravada em 1953 pela RCA Victor. CONTINUAÇÃO AQUI

  • 1955: TEM NÊGO BÊBO AÍ
    Interpretada pela cantora Carmem Costa e composta por Aírton Amorim e Mirabeau (que era esposo da cantora nessa época). Marchinha gravada em 1954 pela RCA Copacabana. CONTINUAÇÃO AQUI

  • 1954: MARIA ESCANDALOSA
    A marchinha foi composta por Klecius Caldas e Armando Cavalcanti CONTINUAÇÃO AQUI

    E Maria Escandalosa
    É muito prosa
    É mentirosa
    Mas é gostosa

  • 1956: TURMA DO FUNIL
    A marcha do carnaval foi sucesso no Carnaval de 1956, mas foi composta em 1955 por Mirabeau, Mílton de Oliveira e Urgel de Castro e Interpretada pelo Grupo Vocalistas Tropicais, pela Gravadora Copacabana CONTINUAÇÃO AQUI

    Chegou a turma do funil
    Todo mundo bebe, mas ninguém dorme no ponto
    Mas ninguém dorme no ponto
    Nós é que bebemos
    E eles que ficam tontos

  • 1956: QUEM SABE, SABE
    Sucesso no Carnaval de 1956, continuando até nos dias de hoje. "A melodia e algumas palavras foram utilizadas de um jingle de Ari Barroso (músicas curtas e repetitivas compostas para a Rádio). Ari Barroso entrou na Justiça para reinvidicar a autoria. (1) Esta marchinha foi composta por Joel de Almeida e Carvalhinho, interpretada por Joel de Almeida, e gravada em 1956 pela Odeon. CONTINUAÇÃO AQUI

    Quem sabe, sabe
    Conhece bem
    Como é gostoso
    Gostar de alguém

  • 1958: VAI COM JEITO
    Composta e lançada em 1957 pela Continental, a composição de João de Barro ficou conhecida no Carnaval de 1958, interpretada por Emilinha Borba. CONTINUAÇÃO AQUI

    Vai, com jeito vai
    Senão um dia
    A casa cai

  • 1959: VAI VER O QUE É
    O Concurso de Fantasia do Teatro Municipal do Rio de Janeiro era famoso na ápoca, uma "deixa" para os compositores Carvalhinho e Paulo Gracindo usarem o humor sátiro nesta marchinha carnavalesca. Atualmente a marchinha não é tocada mais devido ao desrespeito à diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero.

  • 1960: MARCHA DO SALÁRIO
    Esta marchinha carnavalesca foi uma das mais divertidas do Carnaval do Rio de Janeiro de 1960, mas não "estorou nas paradas". Divertida e Provocativa, foi composta por João Roberto Kelly.

  • 1960: MULATA YÊ YÊ YÊ (MULATA BOSSA NOVA)
    Outra marcante marchinha carnavalesca lançada também por João Roberto Kelly, mas nem mesmo celebrando a "mulher brasileira", teve sucesso. Interpretada por Emilinha Borba pela Gravadora Entré. CONTINUAÇÃO AQUI

    Mulata Bossa Nova
    Caiu no Hully Gully
    E só dá ela
    Iê-iê-iê iê-iê-iê iê-iê na passarela

  • 1960: ME DÁ UM DINHEIRO AÍ.
    Composto por Ivan Ferreira, Homero Ferreirá e Glauco Ferreira. A letra foi inspirada em um personagem humorístico da TV, interpretado por Moacir Franco, que é também o cantor da marchinha carnavalesca, que é de grande sucesso, até nos dias de hoje. CONTINUAÇÃO AQUI

    Hei você aí
    Me dá um dinheiro aí
    Me dá um dinheiro aí

  • 1960: MARIA SAPATÃO
    Tamanho o sucesso da marchinha carnavalesca "Maria Sapatão", tanto no Carnaval de 1960, como esteve presente em TODOS OS CARNAVAIS brasileiros até os anos de 2005. Desde então, com as discussões de gênero e diversidade, principalmente o respeito, fez com que a marchinha silenciosamente fosse abolida das fanfarras, blocos e bailes carnavalescos brasileiros. Esta marchinha carnavalesca foi composta por João Roberto Kelly.



O apresentador Chacrinha cantava a marchinha "Maria Sapatão", todos os domingos em seu programa de auditório, contribuindo para que essa canção fizesse sucesso no Brasil inteiro, ano após ano.



1961 à 1970 - DECLÍNIO E TRANSFORMAÇÃO

Nesse período as marchinhas carnavalescas começaram a perder espaço para outros gêneros musicais. O principal era o samba-enredo que se consolidava como a trilha sonora principal dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, e consequentemente, se refletia nos demais estados brasileiros.

Diante esse cenário carnavalesco, as marchinhas continuavam ainda sendo populares nos blocos de rua e bailes de Carnaval, mantendo seu lugar como um símbolo da alegria e irreverÊncia dessa festa. As marchinhas continuaram a explorar temas humorísticos, críticos e de duplo sentido, características marcantes do gênero.


  • 1961: ÍNDIO QUER APITO
    Foi no Carnaval de 1961 no Rio de Janeiro que a composição de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, caiu no gosto do povo registrando um tremendo sucesso. Sucesso este que perdura até os dias de hoje, presente em todos os anos, nas Bandas de Percurssão/Fanfarra, Bailes e Zé Pereira no Brasil e em Festas Temáticas no Exterior. A marchinha foi eternizada na voz do cantor Walter Levita (Walter Modesto Pugliesi)gravada em 1960, CONTINUAÇÃO AQUI

    Ê, Ê, Ê, Ê
    Ê, Ê, Ê. Ê
    Índio quer apito
    Se não der
    Pau vai comer

  • 1961: A LUA É DOS NAMORADOS
    Mesmo interpretada por &Aacirc;ngela Maria, "a queridinha" na época e autores renomados (Armando Cavalcanti, Klécius Caldas e Brasinha), esta marchinha só foi tocada nos Bailes de Carnaval do Rio de Janeiro em 1961. No ano seguinte (1962) ninguém mais falava ou cantava. Caiu no esquecimento

    Todos eles estão errados
    A Lua é dos Namorados

  • 1963: A LUA É CAMARADA
    Os autores Armando Cavalcanti e Klécius Caldas voltaram a insistir em marchinha com o tema "lua". Os foliões cantaram nos Bailes de Carnaval de 1963 do Rio de Janeiro, mas novamente na folia momesca seguinte, caiu no esquecimento, CONTINUAÇÃO AQUI

    A Noite é linda
    Nos braços teus
    É cedo ainda
    Prá dizer adeus

  • 1964: MARCHA DO REMADOR (Se a canoa não virar)
    Interpretado pela Emilinha Borba. Tamanho o o sucesso dessa marchinha, que além de ser música primordial nos bailes infantis, é muito utilizada no Brasil como cantiga de roda. Sucesso no Carnaval de 1964, mas a composição foi de 1963 por Antônio Almeida e Oldemar Magalhães, Gravadora CBS, CONTINUAÇÃO AQUI

    Se a canoa não virar
    Olê, Olê, Olá
    Eu chego lá

  • 1964: CABELEIRA DO ZEZÉ
    A marchinha carnavalesca se tornou um clássico instantâneo com sua letra divertida e provocativa. Interpretado por Jorge Goulart a composição de João Roberto Kelly e Roberto Faissal foi uma das marchinhas carnavalescas que mais fez sucesso no Brasil e era uma música que não faltava no portfólio das Bandas, Fanfarras e Bailes. Esta marchinha silenciosamente é evitada de tocar nos Bailes, Fanfarras e Carnavais, em respeito à diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero.

    Olha a Cabeleira do Zezé

  • 1965: ROUBARAM A MULHER DO RUI
    Imagine um ESTRONDOSO SUCESSO nos bailes e nas ruas do Carnaval do Rio de Janeiro em 1965. Foi isso que aconteceu com do compositor José Messias. Foi um sucesso súbito, mas que também caiu no esquecimento. CONTINUAÇÃO AQUI

    Ui Ui Ui
    Roubaram a Mulher do Rui
    você pensa que fui eu
    Eu juro que não fui

  • 1966: MARRÉ, MARRÉ, MARRÉ
    Os autores Raul Sampaio, Zilda do Zé e Ivo Santos usaram as estofres da antiga e popular cantiga-de-roda "Sou pobre, pobre, pobre/ De marré, marré, marré", e acrescentou um novo estribilho. Imagine só! Caio no gosto do folião de rua com as bandinhas de fanfarra e dos bailes do Carnaval carioca de 1966. A marchinha carnavelsca foi interpretada pela radialista Zilda do Zé (Zilda Gonçalves). CONTINUAÇÃO AQUI

    Eu sou pobre, pobre, pobre
    De marré, marré, marré
    Vem a conta dou no pé

  • 1967: BICHO CARPINTEIRO
    Composição de Brasinha (Gustavo Tomás Filho *1925+1998) e Dennis Lobo (filho de Haroldo Lobo) CONTINUAÇÃO AQUI

    você parece um bicho carpinteiro
    Não pára o dia inteiro
    Fica prá lá e prá cá
    Senta, levanta

  • 1967: MÁSCARA NEGRA
    Diante da crise das marchinhas ganharem ESPAÇO no Carnaval carioca, a marcha-rancho "Máscara Negra" foi grande sucesso no Carnaval de 1967. Interpretado pela cantora Dalva de Oliveira e composta por Zé Keti e Pereira Matos. Porém gerou discussões nos tabloides, após Zé Keti ser acusado de não ser o autor da marchinha. Posteriormente, na Justiça, ficou provado que Zé Keti foi vítima de calúnia. CONTINUAÇÃO AQUI

    Tanto riso, oh quanta alegria
    Mais de mil palhaços no salão
    Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
    No meio da multidão

  • 1970: CAIU NA REDE
    Sucesso no Carnaval de 1970. Esta foi uma das últimas marchinhas compostas em 1969, que tamanho foi o sucesso, que perdura até hoje. Em 1938, Jararaca e Vicente Marcelli compuseram um SAMBA chamado "Caiu na Rede é Peixe". O que serviu de inspiração para o Estrilho dos compositores dessa nova versão, Vicente Longo e Waldemar Camargo, com interpretação de Cauby Peixoto, gravado em LP vinil pela Premier/RGE. Já o Grupo A Patotinha gravou pela RCA Pure Gold (1978) e RCA Victor (1979). CONTINUAÇÃO AQUI

    Caiu na rede é peixe, LÊ-LÊ-á.
    Eu não posso bobear
    A maré tá cheia, tá-tá-tá-tá-tá-tá!



marchinhas gravadas sem sucesso

Neste período as marchinhas carnavalescas continuaram a ser compostas, mas não atingiam mais o sucesso. O Carnaval neste período abriu às portas ao samba, dentre outros ritmos. Imagine uma grande quantidade de composições, que se quer ganharam holofote. Cito apenas para visializarem: excelentes intérpretes e compositores, marchinhas que tinha de tudo para dar certo, mas não deram.


  • 1969: VELHA GUARDA - Interprete Francisco Petrônio. Composição de Vicente Longo e Waldemar Camargo, Gravadora Som Maior.
  • 1970: BANDEIRA BRANCA
    Marcha Rancho composta por Max Nunes e Laércio Alves com Interpretação de Dalva de Oliveira, pela Odeon. Sucesso que perdura até nos dias de hoje. CONTINUAÇÃO AQUI

    Bandeira branca, amor
    Não posso mais
    Pela saudade que me invade
    Eu peço paz
  • 1973: A HORA DA ONÇA - Interpretepor Roberto Audi, Odeon, composição Vicente Longo, Waldemar Camargo e Roberto Audi.
  • 1973: SETE E SETE - Interprete Virgínia Lane, Gravadora Todamérica, composição de Vicente Longo e Waldemar Camargo.
  • 1973: CARNAVAL (TEMPO DE AMAR) - Interprete Emilinha Borba, Odeon, composição de com Jota Júnior e Vocente Longo.
  • 1974: CHATOLINO - Interprete Joel de Almeida, Odeon, composição de Vicente Longo, Jota Júnior e Zizi.
  • 1983: MISS BATALHÃO (Blusinha Dela) - Intérprete Carlos Aguiar, composição Manoel Ferreira, J.Nunes e Vicente Longo.



1967 à 1999 - marchinhas de auditório

Marchinhas carnavalescas neste período foi promovida em programas de rádio e televisão, especialmente na voz do apresentadores de televisão, figuras icônicas da TV brasileira. Chacrinha, Silvio Santos e até Raul Gil, com programas de grande audiência na TV Brasileira, usavam as marchinhas em jingles ou cantando entre partes de competições musicais.

Nesta fase, os compositores criavam marchinhas que tinham maior interação com o público de auditório. Estas marchinhas de auditório faziam parte do Programa aos domingos o ano todo, sem distinção ser carnaval ou não.

Silvio Santos, como apresentador e empresário, foi o apresentador que mais gravou marchinhas de auditório, fazendo com que a maioria destas disparassem no Carnaval de todo o Brasil. Umas até se eternizaram na voz de Sílvio Santos, como A PIPA DO VOVÔ (1980), composição de Manoel Ferreira e Ruth Amaral. CONTINUAÇÃO AQUI

A Pipa do Vovô não sobe mais
A Pipa do Vovô não sobe mais
Apesar de muita força
O vovô foi passado pra trás



Acervo Silvio Santos


  • 1967: A DANÇA DA BONECA
    O apresentador Chacrinha lançou essa marchinha em 1967 próximo ao Carnaval. Tamanho o sucesso e a aceitação do público, que posterior virou um jingle, que se eternizou: "Ó Terezinha, Ó Terezinha/ É um barato o Cassino do Chacrinha". CONTINUAÇÃO AQUI

    Ó Terezinha, Ó Terezinha
    Só de Boneca
    Nessa onda do Chacrinha

  • 1970: DIG DIM
    Esta marchinha de auidtório fez sucesso em 1970, com interpretação de Silvio Santos, composta por Vicente Longo (Vicente Longo Netto) e Waldemar Camargo (Waldemar Leopardi Camargo), gravada na Odeon, CONTINUAÇÃO AQUI

    É hoje que eu vou pra farra
    Ninguém me agarra
    Eu vou me espalhar

  • 1971: CARANGUEJO
    Gravada por Sílvio Santos, pela Gravadora Odeon. Composto em 1970 por Waldemar Camargo e Vocente Longo, CONTINUAÇÃO AQUI

    A Dança do Caranguejo
    É assim que a gente faz
    Dá o braço e me dá um beijo
    Um pulinho pra frente, um pulinho pra trás

  • 1971: A BRUXA VEM AÍ
    Esta marchinha foi um sucesso que perdura até os dias de hoje. Interpretada por Silvio Santos, com composição de de Manoel Ferreira e Ruth Amaral (Ruth do Amaral Ferreira), CONTINUAÇÃO AQUI

    Pula, Pula, Pula
    Numa perna só
    Vem largando brasa
    No cachimbo da vovó

  • 1973: A MARCHA DO CACHORRO (A Vez do Osso)
    Sucesso em 1973, que eternizou. Interpretada por Silvio Santos e composição de Vicente Longo e Waldemar Camargo, CONTINUAÇÃO AQUI

    Tá, tá, tá
    O mundo tá no fim
    Tanta mulher
    Correndo atrás de mim.

  • 1975: SOLTEIRA OU CASADA (ZAZÁ)
    Interpretada por Silvio Santos. Composição por Vicente Longo e Jota Júnior. Esta marchinha fez parte do LP Show de Alegria da RCA Pure Gold. CONTINUAÇÃO AQUI

    Será? Será?
    Será que a Zazá
    É Solteira, é Casada
    Ou tico-tico no fubá?

  • 1976: OH VEM CÁ MEU BEM
    Interpretada por Silvio Santos. Composição por Vicente Longo e Jota Júnior. CONTINUAÇÃO AQUI

  • 1977: O METRÔ
    Interpretada por Silvio Santos. Composição de Vicente Longo e Jota Júnior, pela Gravadora Camden.

  • 1977: A MARCHA DA MULATA
    Interpretada por Mussum (Os Trapalhões). Composição de Wilson Miranda, Mussum e Jotagê.

  • 1977: A MARCHA DO PERU
    Interpretado por Chacrinha. Composição de Wilson do Brejo, Abelardo Barbosa (Chacrinha) e Arga.

  • 1977: GIGI
    Interpretada por Silvio Santos. Composição de Manoel Ferreira, Ruth Amaral e João Roberto Kelly. CONTINUAÇÃO AQUI

    Gigi
    Eu chego lá
    Me dá uma colher de chá

  • 1979: SERRA PELADA
    Interpretada por RAUL GIL. Composição de Raul Gil, Vicente Longo e J. Nunes.

  • 1979: MANDIOCA
    Interpretada por Silvio Santos. Composição por Vicente Longo e Jota Júnior, pela Gravadora Victor. CONTINUAÇÃO AQUI

    Oi, pega a mandioca
    Descasca a mandioca
    Aperta mandioca
    E o álcool vai sobrar

  • 1980: BICHO BOM
    Interpretada por Silvio Santos nos anos 80. Composição de Archie Bleyer, um maestro e produtor musical norte-americano. A melodia original é da canção “The Whistler and His Dog”, de 1951. CONTINUAÇÃO AQUI

    Ô bicho bom
    Bicho bom é a mulher
    Tem homem que não gosta
    Tem homem que não quer

  • 1979: SERRA PELADA
    Interpretada por RAUL GIL. Composição de Raul Gil, Vicente Longo e J. Nunes.

  • 1983: NEGANDO FOGO
    Interpretada por RAUL GIL. Composição de Raul Gil, Vicente Longo e J. Nunes.

  • 1984: IÁ BADÁ BADU
    Interpretada por Silvio Santos. Composição de Silvio Santos, Vicente Longo e RogÊ, pela Gravadora Victor.

  • 1986: AI PAIXÃO
    Interpretada por Silvio Santos. Composição de Silvio Santos, Vicente Longo e RogÊ, pela Gravadora Victor. CONTINUAÇÃO AQUI



1980 à 1990 - resgate das marchinhas

Blocos tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro começam a resgatar clássicos das marchinhas. Nos anos 80 algumas regravações chegaram a fazer sucesso, como:


  • 1980 - BALANCÊ, - Interpretada por Gal Costa (Maria da Graça), composição de João de Barro e Alberto Ribeiro. Gravada em 1979, fez sucesso no ano seguinte. A marchinha foi orinalmente gravada em 1932 por Carmem Miranda, CONTINUAÇÃO AQUI

    Ô balancê balancê
    Quero dançar com você
    Entra na roda morena pra ver
    Ô balancê balancê

  • 1980 - SASSARICANDO - Interpretada por Rita Lee, composição de Luís Antônio, Jota Júnior e Oldemar Magalhães, trilha sonora da novela "Ti, Ti, Ti". CONTINUAÇÃO AQUI

    Sa, sassaricando
    Todo mundo leva a vida no arame
    Sa, sassaricando a viúva, o brotinho e a madame

  • ANOS 90 - Marchinhas clássicas ganham espaço em compilações e álbuns de Carnaval.



2000 - renascimento das marchinhas

"Chegamos ao tempo em que dar um passo a frente talvez seja dar um passo para trás. Resignificar o que é velho, o que é o novo. A ideia de que o novo na música só é a desconstrução dela mesma, também não cabe mais. O conceito musical está essencialmente no uso de blocos temáticos que compõe os shows: Há o bloco de marchas-rancho, o bloco de marchinhas antigas, o de frevos, o de ijexás, o de canções famosas que não eram, mas “viraram” marchinhas, e tantos outros." (9)

Com o renascimento do Carnaval de rua traz de volta a valorização das marchinhas. Os Blocos de Rua, à partir dos anos 2000, ajudaram a revitalizar as marchinhas. Artistas contemporâneos começaram a compôr novas marchinhas que dialogam com temas atuais regado a muito humor e sátiras políticas e sociais, mantendo o espírito crítico e divertido.


  • zé pereiras
    Nas cidades do interior de muitos Estados brasileiros, onde há muito tempo não existia mais Carnaval de Rua (só em Bailes/Salão), começaram a resgatar essa tradição. Umas aderiram ao desfile de Escolas de Samba, e outras com desfile de blocos com bandinhas de Fanfarra, sopro e percurssão, com Bonecos Gigantes, ao som de marchinhas. Um exemplo o "Arrastão do Zé Pereira" (2019) de Várzea Paulista, interior de São Paulo, e está virando tradição na cidade, CONTINUAÇÃO AQUI

    Não poderíamos deixar de citar, que a tradição de desfile ao som de marchinhas carnavalescas, nunca deixou de existir em muitos Carnavais brasileiros. Destaque ao desfile dos Bonecos Gigantes de Olinda, ao Zé Pereira de São Luiz do Paraitinga, ao bloco Zé Pereira Clube dos Lacaios de Ouro Preto MG, e aplausos carnavalescos a tantos outros que nunca deixou a folia adormecer.

  • mandús
    Antigas tradições começaram a ser resgatadas e desfilam ao som de marchinhas, como os Mandús, CONTINUAÇÃO AQUI

  • fofão
    No Maranhão, a tradição do Fofão se manteve firme todos os anos, CONTINUAÇÃO AQUI

  • 2000: CONCURSOS DE MARCHINHAS
    Começaram a surgir Concursos de Marchinhas em todo o Brasil, o que acabou incentivando a nova geração a compôr esse gênero. Mas nenhuma realmente que fizesse sucesso além da premiação.

  • 2005: CONCURSO DE MARCHINHAS - RIO DE JANEIRO RJ
    O espaço Fundição Progresso lançou o 1º Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas em fevereiro de 2005, com o objetivo de resgatar a tradição dos antigos carnavais.


  • 2009: capital das marchinhas
    Nazaré Paulista, cidade do interior de São Paulo, que era conhecida somente por suas belezas naturais, ganhou o título da cidade como a "Capital das Marchinhas". Tudo começou em 2009 quando um grupo de amigos criaram o Bloco Impina Carroça para desfilar pelas ruas da cidade, ao som de marchinhas carnavalescas, por não existir desfiles de carnaval na cidade. Tamanho o sucesso, que desde então não parou de crescer, surgindo novos blocos, e tornando a cidade conhecida como a "capital das marchinhas.



Folder Oficial do Carnaval de 2023



  • 2010: BLOCOS DE RUA
    No Rio de Janeiro, os Blocos como Cordão do Boitatá e Gigantes da Lira revitalizaram as marchinhas no Carnaval de Rua.

  • 2010: 1º CONCURSO DE MARCHINHAS - SALVADOR BA
    O Bloco Os Mascarados lançou o primeiro Concurso de Marchinhas na cidade de Salvador aconteceu no dia 13 de fevereiro de 2014, elegendo na categoria "Livre" as canções 1º lugar Me Cutuca (Marcelo Quintanilha e Gerson Guimarães), 2º lugar Ele é Mulher no Carnaval (Edu Casanova, Marcela Belas e Tenyson Del Rey) e 3º lugar Menina sem Vergonha (Eduardo Gouveia, Hermano Gouveia e Rodrigo Piscini). Na categoria "Estudantil" venceu a marchinha "Negro". O júri que elegeu as marchinhas foi formado por Armandinho Macêdo (músico), Fred Dantas (maestro), Osmar Martins (Correio da Bahia), Andrezão Simões (comunicador), Ronaldo Jacobina (jornalista), Márcia Rios (professora) e Ana Rosa Ramos (professora).

  • 2013: os marchistas
    "Três artistas contemporâneos, compositores e parceiros em diversas músicas, com carreiras distintas e independentes resolveram estar juntos para formar um coletivo de marchinhas. Marcelo Quintanilha, Jota Velloso e Thathi são OS MARCHISTAS".
    "E assim, desde 2013, ainda com a primeira formação, com Tenison Del Rey, OS MARCHISTAS invadiram os pré carnavais de São Paulo e Rio, e principalmente o carnaval de Salvador, tocando nos projetos de palco e de rua e nos melhores camarotes da festa, ao lado de artistas consagrados como Daniela Mercury e Gilberto Gil".
    "Tudo isso intercalado há novas marchinhas autorais, como a premiada “Me Cutuca”, que ganhou 1º Concurso de Marchinhas realizado em Salvador em fevereiro de 2014. Faturaram também o segundo lugar com “Ele é Mulher no Carnaval”. A “Marchista” Thathi, empunhando a guitarra baiana, instrumento pouquíssimo adotado na música brasileira, dá um charme único a este trio eclético, que ainda conta com a voz e o violão de Marcelo Quintanilha e a voz de Jota Velloso. Batera, baixo e teclado completam a banda que os acompanha". "Com repertório bem variado, e temas ligados aos dias de hoje, o coletivo traz charme e frescor ao clássico repertório de marchinhas que unem gerações e religam nossa identidade à nossa memória." (9)

  • 2019: 13º CONCURSO DE MARCHINHAS - TAUBATÉ SP
    O 13º Concurso de Marchinhas do distrito Quiririm foi realizado no 01 de março de 2019, no palco na rua Coronel Marcondes de Mattos,uma realização Prefeitura Municipal de Taubaté (SP).

  • 2021: PLAYLIST
    Apesar da pandemia mundial de Covid-19, as marchinhas foram muito procuradas online e playlists, para fazer o Carnaval em casa, com as crianças.

  • 2022: CONCURSO DE MARCHINHAS da TV LIBERAL - BELÉM PA
    Com o tema "Carnaval na TV Liberal de um jeito paraense" o concurso teve alegria e criatividade na final. em 14 de fevereiro 2025. Tv Liberal filiada a Rede Globo (Tv aberta). 1º Carnaval Diferente Liberal (Bruno Andrade), CONTINUAÇÃO AQUI

    Mulher vai simbora
    Pra folia que é legal
    Esse ano o carnaval é diferente
    De um jeito paraense
    É só na TV Liberal

  • 2025: 7º CONCURSO DE MARCHINHAS - ITAPIRA SP
    A Prefeitura de Itapira, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, realizou no dia 3 de março de 2025 o 7° Concurso de Marchinhas Carnavalescas. A competição acontece no Parque Juca Mulato durante a programação do Carnaval Itapira 2025 e teve por finalidade promover a integração entre a população e os compositores das mais diversas localidades no sentido de resgate do formato das marchinhas de carnaval. 1º lugar Tatuí (Gui Silveiras). 1º lugar Essa Fada (Luiz Fernando da Silva), 2º É Nhenhenhém Demais (Wagner Leandro Ribeiro) e em 3º Caçar Içá (Juliana dos Santos Leme).

  • 2025: CONCURSO DE MARCHINHAS e BAILE DAS BONECAS - LACUNA SC
    No tradicional Baile das Bonecas foi realizado o Concurso de Marchinhas no dia 27 de fevereiro de 2025, abrindo oficialmente o Carnaval 2025 da cidade de Laguna, no Espírito Santo. Realização Prefeitura Municipal de Lacuna. 1º Mamãe, eu quero Chopp! (Gian Pierre) e 2º Solta a Passarinha (Libertu).

  • 2025: CONCURSO DE MARCHINHAS - CARAGUATATUBA SP
    Foi realizado o Concurso de Marchinhas do 25º Carnaval de Antigamente da Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (Fundacc), onde reuniu 12 autores que apresentaram as canções na Praça Cândido Motta (Coreto), no dia 22 de fevereiro 2025. O objetivo foi valorizar, difundir e incentivar a festa popular e premiar as composições de marchinhas carnavalescas, uma realização Prefeitura Municipal de Caraguatatuba, litoral nortes de São Paulo. 1º Somos da Melhor Idade (Carlos Daniel Aparecido de Araújo), 2º Grito de Carnaval (Adalberto Mariano) e 3º Gaiola das Loucas (Marcello Dubau).

  • 2025: 1º CONCURSO DE MARCHINHAS - ITAQUAQUECETUBA SP
    Promovido pela Secretaria da Cultura, foi realizado o 1º Concurso de Marchinhas Carnavalescas no dia 01 de março de 2025, na cidade de Itaquaquecetuba, interior de São Paulo 1º lugar a marchinha Rabo de Arraia (Adriano Salhad), 2º Cachaça Marvada (Francisco Fellipe) e em 3º Carnaval em Itaquá (Rafaella Lira).

  • 2025: 10º CONCURSO DE MARCHINHAS - BELO HORIZONTE MG
    O concurso de marchinhas Mestre Jonas chega a sua 10ª edição em fevereiro de 2025, na cidade de Belo Horizonte MG. / Tema livre: 1º Perdi Meu Marido pra Bet (Lívia Itaborahy), 2º Chupê Tinha (Bobô da Cuíca)e 3º Não se Meta (Valdênio Martinho/Alexandre Rezende) / Tema Tira o Pé da Minha Serra: 1º Aí Cê me Quebra (Myro Rizoma)/ Hit do Carnaval: 1º Seu Cachorro Tá na Rua (Di Souza).

  • 2025: 3º CONCURSO DE MARCHINHAS - SÃO ROQUE SP
    Terceira edição do Festival de Marchinhas realizado pela Prefeitura de São Roque, interior de São Paulo.1º Marcha Rock (Hugo Brasarock e Tavinho Limma) e 2º Eu Vou de Espanhola (Cia de Eros e Galvão Frade).

  • 2025: 7º TV RIO SUL - RIO DE JANEIRO RJ
    A TV Rio Sul da Costa Verde, filiada da Rede Globo do Rio de Janeiro promoveu a sétima edição do Concurso de Marchinhas em fevereiro de 2025, sendo: 1º lugar Ligados em Você (José Mário de Oliveira), 2º Se liga na TV Rio Sul" (Mário Sergio) e 3º Marchinha da Alegria (Adilson Magalhães).

  • 2025: concursos de marchinhas
    Em 2025, vários municípios de todo o país realizaram concursos de marchinhas carnavalescas, como em Estância SE, Florianópolis SC, dentre outras.



curiosidades

A Marchinha é um gênero musical autenticamente carioca, predominantes no Carnaval brasileiro:

- QUAIS OS TEMAS ABORDADOS NAS MARCHINHAS?
Os temas abordados nas marchinhas carnavalescas são amor, política, preconceito, sátiras políticas e sociais, homenagens e profissões, tudo com muito humor, deboche e malícia, confira aqui


- QUAL A MARCHINHA MAIS ANTIGA DO BRASIL?
É a marchinha "Ó Abre Alas (Haroldo Lobo e Nássara), confira aqui


- QUAIS AS MARCHINHAS MAIS POPULARES DO BRASIL?
Em 2023, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fez um levantamento das vinte músicas de Carnaval mais tocadas durante o Carnaval nos últimos cinco anos (2018 à 2023) em todo o Brasil, por solicitação da Veja (Editora Abril), que foi publicada na revista 10/02/2023 com reportagem de em Felipe Branco Cruz. (8)

01. Mamãe eu quero (Jararaca / Vicente Paiva)
02. Me dá um dinheiro aí (Ivan Ferreira / Homero Ferreira / Glauco Ferreira)
03. A jardineira (Benedito Lacerda / Humberto Carlos Porto)
04. Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly / Roberto Faissal)
05. Marcha do remador (Castelo / Antonio Almeida)
06. O teu Cabelo não Nega (João Valença / Raul Do Rego Valença / Lamartine Babo)
07. Allah-la-ô (Haroldo Lobo / Antonio Nassara)
08. Ta-hi (Joubert de Carvalho)
09. Cidade Maravilhosa (Andre Filho)
10. Índio quer Apito (Milton de Oliveira / Haroldo Lobo)
11. Cachaça (Lucio de Castro / Heber Lobato / Marinosio Filho / Mirabeau)
12. Maria Sapatão (João Roberto Kelly / Carlos / Chacrinha / Leleco)
13. Marcha da Cueca (Celso Teixeira / Livardo Alves da Costa / Carlos Mendes)
14. Saca-rolha (Zé Da Zilda / Zilda Do Zé / Waldir Machado)
15. FREVO - Vassourinhas (Batista Ramos / Mathias da Rocha)
16. FREVO - Vassourinhas (Batista Ramos / Mathias da Rocha)
17. Sassaricando (Luiz Antonio / Candeias Jota Jr. / Castelo / Mario Gusmão Antunes)
18. Não quero Dinheiro (Tim Maia)
19. Nós os Carecas (A.Marques Jr. / Roberto Roberti)
20. Mulata iê iê iê (João Roberto Kelly)



1900 à 1939 - continuação

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BIBLIOGRAFIA
- Capa do Periódico FON-FON
confira logo aqui na parte I, não fique parado aí

www.carnaxe.com.br