As marchinhas eram criadas para serem cantadas em blocos, bailes e desfiles, e muitas delas traziam críticas sociais disfarçadas de bom humor.
Canções como "Mamãe Eu Quero" e "Allah-lá-ô" tornaram-se ícones do Carnaval, ultrapassando gerações. Temas cotidianos, políticos e culturais eram abordados nas letras, sempre com leveza e criatividade. A interação direta com o público era um dos trunfos das marchinhas, que tinham refrões simples e fáceis de memorizar, garantindo sua popularidade.
Porém, a partir da década de 1960, as marchinhas começaram a perder espaço para outros ritmos, como o samba-enredo das escolas de samba, que traziam uma proposta mais elaborada e narrativa. Apesar disso, as marchinhas resistiram como parte do imaginário coletivo e até hoje são lembradas e celebradas em festas e blocos carnavalescos nostálgicos.
Essa época de ouro consolidou as marchinhas como um patrimônio cultural, evidenciando a capacidade única do brasileiro de rir de si mesmo e transformar qualquer situação em festa. Elas representam não só a música, mas a alegria, a espontaneidade e a criatividade do povo brasileiro.
1900 à 1939 - origem e história
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1940 à 1960 - o apogeu
- 1940: UPA UPA (Meu Trolinho ou A Canção do Trolinho)
Composição de Ary Barroso, a marchinha foi um sucesso carnavalesco.
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Upa, Upa, Upa
Cavalinho alazão
Ê Ê Ê, Não erre de caminho não
- 1940: MAL-ME-QUER
Interpretado por Orlando Silva pela Gravadora Victor, a marchinha foi composta por
Cristóvão de Alencar e Newton Teixeira. O sucesso foi imediato e não perdurou para o ano seguinte.
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Eu perguntei a um mal-me-quer
Se meu bem ainda me quer
Ela então me respondeu que não
- 1940: KATUCHA
Marchinha carnavalesca foi apresentada em grande estilo ao Presidente do Brasil em dezembro de 1939, mas após o Carnaval carioca de 1940, o seu sucesso, não perdurou. Foi interpretada por Dyrcinha Batista e
composta por Oswaldo Santiago e George Moran.

Essas apresentações eram de Marchinhas e de Samba.
- 1941: AURORA
A marchinha carnavalesca é composta por Roberto Roberti e Mário Lago em 1940. Em 1941 foi sucesso do Carnaval, sendo interpretada pela dupla Joel e Gaúcho, pela Gravadora Columbia.
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Se fosse sincera
Ô ô ô ô, Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô , Aurora

Harpa Colecionáveis e Antiguidades
- 1941: ALLAH-LÁ-Ô
Tudo começou quando em 1940, quando Haroldo Lobo (*1910 +1965 RJ) compôs uma marchinha carnavalesca
para os desfiles do Bloco da Bicharada em 1940, na Gávea, no Rio de Janeiro.
Chegou, chegou a nossa caravana
Viemos do deserto
Sem pão e sem banana pra comer
O sol estava de amargar
Queimava a nossa cara
Fazia a gente suar".
Preparando repertório para o carnaval, "Haroldo pediu a Antônio Nássara (*1910 +1996) para completar a composição", (7)
que é hoje, uma das marchinhas carnavalescas mais populares do Brasil. A marchinha carnavalesca Allah-la-ô foi lançada em 1941 com a interpretação de Carlos Galhardo,
através da Gravadora Victor, CONTINUAÇÃO AQUI
Allah-la-ô, ô ô ô, ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô, ô ô ô (bis)
Atravessamos o deserto do Sahara
O sol estava quente, queimou a nossa cara

Harpa Colecionáveis e Antiguidades
- 1942: A BARATINHA (outra marchinha)
O que mais acontecia entre os compositores de marchinhas carnavalescas, eram cópias e adaptações de estribilhos de outras marchinhas ou até nomes idÊnticos.
Pois bem, esta foi um dos casos, mas não teve tanto sucesso assim e nem ficou famosa.
Em 1941 foi gravada outra marchinha com o nome de "A Baratinha", com o mesmo nome da MARCHINHA de 1917.
A composição de 1941 foi de Antônio Almeida, mas lançada no Carnaval de 1942
interpretada pela cantora Isaura Garcia, com acompanhamento Grande Conjunto de Benedito Lacerda.
como a de 1917.

Roberto Magalhães GouvÊa
- 1942: ESTÁ CHEGANDO A HORA
Grande sucesso carnavalesco composto por Rubens Campos e Henricão.
A marchinha carnavalesca foi praticamente uma adaptação da canção "Cielito Lindo" (A.Sedas e F.Tudelas).
Tamanho o sucesso, que é cantada até nos dias de hoje, no FINAL de um Baile, blocos, etc.
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Ai ai ai ai
Está chegando a hora
O dia já vem raiando meu bem
E eu tenho que ir embora
- 1942: CHICA, CHICA BOA
Composta por Cristóvão de Alencar e Benedicto Lacerda e interpretada por Orlando Silva.
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<
vocês viram por aí
A chica chica boa?
É uma garota que fugiu
Lá da gamboa
- 1942: NÓS OS CARECAS
A marchinha carnavalesca é de composição de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti,com interpretação pelo Grupo Anjos do Inferno, pela Gravadora Columbia. Lançada em janeiro de 1942, foi um sucesso no Carnaval deste ano.
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Nós, Nós os carecas
Com as mulheres, somos maiorais
E na hora do aperto
É dos carecas que elas gostam mais
- 1942: ESCRAVOS DE JÔ
Olha só! Uma Ciranda-de-Roda popular adaptada ao ritmo da marchinha carnavalesca, e, sendo um tremendo sucesso no Carnaval de 1942.
Isso mesmo! Foi um tremendo sucesso carnavalesco em 1942 na voz de de Castro Barbosa, acompanhado pelo Conjunto de Benedito Lacerda, gravado pela Columbia.
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Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Bota, Tira
Deixa o zambelê ficar
Guerreiros com guerreiros
Zigue, zigue, zigue, zá
- 1943: CHINA
Marchinha que fez um sucesso composta por Joao de Barro (Braguinha) e Albeiro Ribeiro (*1902 +1971) e Interpretado por Castro Barbosa, através da Gravadora Columbia.
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É China pau
É China pau
Como quê?
É China pau
China duro de roer
- 1943: futebol - hinos x marchinhas
Em 1943, Lamartine Barbo (+1904 +1963) que apresentava um Programa de Rádio Trem da Alegria,
decidiu homenagear com marchinhas carnavalescas, os clubes de futebol do Rio de Janeiro.
Lamartine Barbo começou compôr hinos em 1943, (em forma de marchinhas) para 11 clubes que disputaram o Campeonato Estadual de 1943, entre eles Flamengo, América, Fluminense, Botafogo e Vasco
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Uma vez Flamengo, sempre Flamengo
Flamengo sempre eu hei de ser!
É o meu maior prazer vê-lo brilhar
Seja na terra, seja no mar
Vencer, vencer, vencer
- 1944: ATIRE A PEDRA
Interpretada por Orlando Silva pela Gravadora Odeon. Os compositores
Ataulfo Alves e Mário Lago ressaltam essa canção ser samba, oras falaram na mídia com "marchinha carnavalesca". Essa canção não foi expressiva popularmente, não tendo muito sucesso.
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- 1946: CORDÃO DOS PUXA-SACOS
O Carnaval de 1946 foi o primeiro carnaval depois do Fim do Estado Novo, onde os compositores
Frazão e Roberto Martins já podiam satirizar a política. O cordão dos puxa-sacos foi interpretada pelo Grupo Anjos do Inferno, e gravado na RCA Victor.
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Lá vem o cordão dos puxa-saco
Dando viva aos seus maiorais
Quem está na frente é passado pra trás
E o cordão dos puxa-sacos
Cada vez aumenta mais
- 1949: CHIQUITA BACANA
A marchinha carnavalesca foi gravada pela Continental em 1948, mas lançada no Carnaval do Rio de Janeiro de 1949, onde fez grande sucesso na voz da cantora Emilinha Borba. Composição de João de Barro e Alberto Ribeiro,
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Chiquita bacana lá da Martinica
Se veste com casca de banana nanica
Não usa vestido, não usa calção
- 1949: BALZAQUEANA
Composta por Nássara e Wilson Batista e interpretada por João Goulart (Jorge Neves Bastos *16/01/1926 +17/03/2012) foi intérprete dessa canção com acompanhamento de Severino Araújo e sua orquestra Tabajara. Sucesso no Carnaval do ano seguinte (1950).
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Não quero broto
Não quero, não quero, não!
Não sou garoto
Pra viver na ilusão
Sete dias na semana
Eu preciso ver
Minha balzaquiana!
- 1950: DAQUI EU NÃO SAIO
Eternizou a composição de Paquito e Romeu Gentil. Interpretado pelo Grupo Vocalistas Tropicais, pela Gravadora Odeon.
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Daqui não saio
Daqui ninguém me tira
Onde é que eu vou morar?
O senhor tem paciência de esperar!
Ainda mais com quatro filhos
Aonde é que vou parar?
- 1950: A MULHER DO DIABO
A marchinha foi composta por Antônio Almeida e interpretada por João Goulart, com gravação no Todamérica.
- 1950: SALVE A MULATA
Tantos eram os lançamentos das marchinhas, que esta, não brilho tanto no Carnaval. Composição de Antônio Almeida e João de Barro, com interpretação do cantor João Goulart.
- 1950: MARCHA DO GAGO
Interpretado pelo sambista e ator Oscaristo, pela Gravadora Star, a marchinha foi composta por Armando Cavalcanti e Klécius Caldas,
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Eu fico ga, ga, ga, ga, gago
Dentro do salão
E até pa, pa, pa, pa, pago
Pra não ver canhão
- 1951: SEREIA DE COPACABANA
A marchinha foi apresentada no Carnaval de 1951, com composição de Nássara e Wilson Batista, com interpretação do cantor João Goulart.
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O meu coração não me engana
Eu quero uma sereia de Copacabana! (bis)
- 1951: AS GRANDES MULHERES
Esta marchinha não brilhou tanto no Carnaval. Composta por Roberto Martins e Roberto Roberti, interpretado pelo cantor João Goulart, com acompanhamento de Severino Araújo e Orquestra Tabajara.
- 1951: ZUM ZUM
Essa marchinha carnavalesca foi composta Fernando Lobo e Paulo Soledade, em homenagem ao Comandante Edu (Eduardo Martins de Oliveira) morto em desastre de avião, ao qual era o piloto do Voo Panair do Brasil 099 que caiu em 28/07/1950. O Comandante Edu era um dos fundadores e porta estandarte do famoso Clube dos Cafajestes, ao qual o compositor Paulo Soledade fazia parte.
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Oi Zum, zum
Oi Zum, zum
Tá faltando um (bis)
- 1951: TOMARA QUE CHOVA
A marchinha caiu no gosto do povo, pois retratata a falta de água que o Rio de Janeiro enfretava (até a Construção da 2º Adutora do Guandu). Composta por Romeu Gentil e Paquito, interpretada em 1951 pelo Grupo Vocalistas Tropicais;
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Tomara que chova
Tres dias sem parar
A minha grande mágoa
E lá em casa não ter água
E eu preciso me lavar

No Carnaval de 2019, o cartunista João Bosco fez essa charge, regado a muito humor, continuação aqui
- 1952: LATA D´AGUA
A marchinha composta por Luís Antônio e Jota Júnior, foi inspirada na mineira (Diamantina) Maria Lata D'Água (Maria Mercedes Dantas)
que desfilou no Carnaval do Rio de Janeiro quando tinha 18 anos de idade, com uma lata de 20 litros cheia de água em cima da cabeça.
Composta em 1951, a marchinha Lata D´Agua fez sucesso no Carnaval carioca de 1952, na voz da cantora
Marlene. EDm 1952, Marlene antou também no filme "Tudo Azul" (1952).
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Lata d'agua na cabeça
Lá vai Maria, Lá vai Maria
Sobe o morro, não se cansa
Pela mão leva a criança
- 1952: SASSARICANDO
"Última marchinha de carnaval a fazer sucesso depois de passar pelo teatro rebolado" (1), ou Teatro de Revista.
Composta por Luiz Antonio, Oldemar Magalhães e Zé Mário (Jota Júnior), com interpretação da cantora Virgínia Lane.
Em 2007 foi lançado no Rio de Janeiro, um musical de marchinhas entitulado "Sasaricando, E o Rio Inventou a Marchinha",
composto de quase 100 canções de Lamartine Babo, Braguinha, Haroldo Lobo, e Noel Rosa, com autoria de Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral
Direção de Claudio Botelho e direção musical de Luís Filipe de Lima.
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Sa, sassaricando
Todo mundo leva a vida no arame
Sa, sassaricando a viúva, o brotinho e a madame
- 1953: SACA ROLHA
Sucesso no Carnaval de 1954, composta um ano antes.
A marchinha foi composta po Zé da Zilda (José Gonçalves *1919 +1954), Zilda do Zé (Zilda Gonçalves *1919 +2002) e Waldir Machado, com interpretação na voz de Zé da Zilda & Zilda do Zé, pela Gravadora Odeon.
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As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo a mão na saca-saca-saca rolha
E bebo até me afogar

Harpa Colecionáveis e Antiguidades
- 1953: CACHAÇA
Foi a marchinha carnavalesca mais cantada no Carnaval de 1953. Composta em 1952 por
Mirabeau, Lúcio de Castro e Heber Lobato e Marinósio T. Filho, interpretado por Carmem Costa e Colé, pela Gravadora Copacabana em 1952.
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você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água, não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
- 1954: MARIA CANDELÁRIA
Esta marchinha foi uma sátira as funcionárias públicas que abusavam de regalias.
Composta em 1952, fez sucesso no Carnaval de 1954. Composta por Armando Cavalcanti e Klécius Caldas, foi Gravada em 1953 peloi Grupo Blecaute.
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Começa ao meio-dia
Coitada da Maria
Trabalha, trabalha, trabalha de fazer dó
- 1954: PIADA DE SALÃO
Esta marchinha venceu o Concurso de Marchinhas da Prefeitura do Rio de Janeiro no Carnaval de 1955.
Composta em Klecius Caldas, Armando Cavalcanti, interpretado pelo Grupo Blackout, gravada em 1953 pela RCA Victor.
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- 1955: TEM NÊGO BÊBO AÍ
Interpretada pela cantora Carmem Costa e composta por Aírton Amorim e Mirabeau (que era esposo da cantora nessa época).
Marchinha gravada em 1954 pela RCA Copacabana.
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- 1954: MARIA ESCANDALOSA
A marchinha foi composta por Klecius Caldas e Armando Cavalcanti
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E Maria Escandalosa
É muito prosa
É mentirosa
Mas é gostosa
- 1956: TURMA DO FUNIL
A marcha do carnaval foi sucesso no Carnaval de 1956, mas foi composta em 1955 por Mirabeau, Mílton de Oliveira e Urgel de Castro
e Interpretada pelo Grupo Vocalistas Tropicais, pela Gravadora Copacabana
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Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe, mas ninguém dorme no ponto
Mas ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos
E eles que ficam tontos
- 1956: QUEM SABE, SABE
Sucesso no Carnaval de 1956, continuando até nos dias de hoje.
"A melodia e algumas palavras foram utilizadas de um jingle de Ari Barroso (músicas curtas e repetitivas compostas para a Rádio).
Ari Barroso entrou na Justiça para reinvidicar a autoria. (1)
Esta marchinha foi composta por Joel de Almeida e Carvalhinho, interpretada por Joel de Almeida, e gravada em 1956 pela Odeon.
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Quem sabe, sabe
Conhece bem
Como é gostoso
Gostar de alguém
- 1958: VAI COM JEITO
Composta e lançada em 1957 pela Continental, a composição de João de Barro ficou conhecida no Carnaval de 1958, interpretada por Emilinha Borba.
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Vai, com jeito vai
Senão um dia
A casa cai
- 1959: VAI VER O QUE É
O Concurso de Fantasia do Teatro Municipal do Rio de Janeiro era famoso na ápoca, uma "deixa" para os
compositores Carvalhinho e Paulo Gracindo usarem o humor sátiro nesta marchinha carnavalesca. Atualmente a marchinha não é tocada mais devido ao desrespeito à diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero.
- 1960: MARCHA DO SALÁRIO
Esta marchinha carnavalesca foi uma das mais divertidas do Carnaval do Rio de Janeiro de 1960, mas não "estorou nas paradas". Divertida e Provocativa, foi composta por João Roberto Kelly.
- 1960: MULATA YÊ YÊ YÊ (MULATA BOSSA NOVA)
Outra marcante marchinha carnavalesca lançada também por João Roberto Kelly, mas nem mesmo celebrando a "mulher brasileira", teve sucesso.
Interpretada por Emilinha Borba pela Gravadora Entré.
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Mulata Bossa Nova
Caiu no Hully Gully
E só dá ela
Iê-iê-iê iê-iê-iê iê-iê na passarela
- 1960: ME DÁ UM DINHEIRO AÍ.
Composto por Ivan Ferreira, Homero Ferreirá e Glauco Ferreira.
A letra foi inspirada em um personagem humorístico da TV, interpretado por Moacir Franco, que é também o cantor da marchinha carnavalesca, que é de grande sucesso, até nos dias de hoje.
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Hei você aí
Me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí
- 1960: MARIA SAPATÃO
Tamanho o sucesso da marchinha carnavalesca "Maria Sapatão", tanto no Carnaval de 1960, como esteve presente em TODOS OS CARNAVAIS brasileiros até os anos de 2005.
Desde então, com as discussões de gênero e diversidade, principalmente o respeito, fez com que a marchinha silenciosamente fosse abolida das fanfarras, blocos e bailes carnavalescos brasileiros. Esta marchinha carnavalesca foi composta por João Roberto Kelly.

O apresentador Chacrinha cantava a marchinha "Maria Sapatão", todos os domingos em seu programa de auditório, contribuindo para que essa canção fizesse sucesso no Brasil inteiro, ano após ano.
1961 à 1970 - DECLÍNIO E TRANSFORMAÇÃO
Nesse período as marchinhas carnavalescas começaram a perder espaço para outros gêneros musicais. O principal era o samba-enredo que se consolidava como a trilha sonora principal dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, e consequentemente, se refletia nos demais estados brasileiros.
Diante esse cenário carnavalesco, as marchinhas continuavam ainda sendo populares nos blocos de rua e bailes de Carnaval, mantendo seu lugar como um símbolo da alegria e irreverÊncia dessa festa.
As marchinhas continuaram a explorar temas humorísticos, críticos e de duplo sentido, características marcantes do gênero.
- 1961: ÍNDIO QUER APITO
Foi no Carnaval de 1961 no Rio de Janeiro que a composição de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, caiu no gosto do povo registrando um tremendo sucesso.
Sucesso este que perdura até os dias de hoje, presente em todos os anos, nas Bandas de Percurssão/Fanfarra, Bailes e Zé Pereira no Brasil e em Festas Temáticas no Exterior.
A marchinha foi eternizada na voz do cantor Walter Levita (Walter Modesto Pugliesi)gravada em 1960,
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Ê, Ê, Ê, Ê
Ê, Ê, Ê. Ê
Índio quer apito
Se não der
Pau vai comer
- 1961: A LUA É DOS NAMORADOS
Mesmo interpretada por &Aacirc;ngela Maria, "a queridinha" na época e autores renomados (Armando Cavalcanti, Klécius Caldas e Brasinha), esta marchinha só foi tocada nos Bailes de Carnaval do Rio de Janeiro em 1961. No ano seguinte (1962) ninguém mais falava ou cantava. Caiu no esquecimento
Todos eles estão errados
A Lua é dos Namorados
- 1963: A LUA É CAMARADA
Os autores Armando Cavalcanti e Klécius Caldas voltaram a insistir em marchinha com o tema "lua".
Os foliões cantaram nos Bailes de Carnaval de 1963 do Rio de Janeiro, mas novamente na folia momesca seguinte, caiu no esquecimento,
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A Noite é linda
Nos braços teus
É cedo ainda
Prá dizer adeus
- 1964: MARCHA DO REMADOR (Se a canoa não virar)
Interpretado pela Emilinha Borba. Tamanho o o sucesso dessa marchinha, que além de ser música primordial nos bailes infantis, é muito utilizada no Brasil como cantiga de roda.
Sucesso no Carnaval de 1964, mas a composição foi de 1963 por Antônio Almeida e Oldemar Magalhães, Gravadora CBS,
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Se a canoa não virar
Olê, Olê, Olá
Eu chego lá
- 1964: CABELEIRA DO ZEZÉ
A marchinha carnavalesca se tornou um clássico instantâneo com sua letra divertida e provocativa.
Interpretado por Jorge Goulart a composição de João Roberto Kelly e Roberto Faissal foi uma das marchinhas carnavalescas que mais fez sucesso no Brasil e era uma música que não faltava no portfólio das Bandas, Fanfarras e Bailes.
Esta marchinha silenciosamente é evitada de tocar nos Bailes, Fanfarras e Carnavais, em respeito à diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero.
Olha a Cabeleira do Zezé
- 1965: ROUBARAM A MULHER DO RUI
Imagine um ESTRONDOSO SUCESSO nos bailes e nas ruas do Carnaval do Rio de Janeiro em 1965. Foi isso que aconteceu com do compositor José Messias. Foi um sucesso súbito, mas que também caiu no esquecimento.
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Ui Ui Ui
Roubaram a Mulher do Rui
você pensa que fui eu
Eu juro que não fui
- 1966: MARRÉ, MARRÉ, MARRÉ
Os autores Raul Sampaio, Zilda do Zé e Ivo Santos usaram as estofres da antiga e popular cantiga-de-roda "Sou pobre, pobre, pobre/ De marré, marré, marré", e acrescentou um novo estribilho. Imagine só! Caio no gosto do folião de rua com as bandinhas de fanfarra e dos bailes do Carnaval carioca de 1966.
A marchinha carnavelsca foi interpretada pela radialista Zilda do Zé (Zilda Gonçalves).
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Eu sou pobre, pobre, pobre
De marré, marré, marré
Vem a conta dou no pé
- 1967: BICHO CARPINTEIRO
Composição de Brasinha (Gustavo Tomás Filho *1925+1998) e Dennis Lobo (filho de Haroldo Lobo)
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você parece um bicho carpinteiro
Não pára o dia inteiro
Fica prá lá e prá cá
Senta, levanta
- 1967: MÁSCARA NEGRA
Diante da crise das marchinhas ganharem ESPAÇO no Carnaval carioca, a marcha-rancho "Máscara Negra"
foi grande sucesso no Carnaval de 1967. Interpretado pela cantora Dalva de Oliveira e composta por Zé Keti e Pereira Matos.
Porém gerou discussões nos tabloides, após Zé Keti ser acusado de não ser o autor da marchinha. Posteriormente, na Justiça, ficou provado que Zé Keti foi vítima de calúnia.
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Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
- 1970: CAIU NA REDE
Sucesso no Carnaval de 1970. Esta foi uma das últimas marchinhas compostas em 1969, que tamanho foi o sucesso, que perdura até hoje.
Em 1938, Jararaca e Vicente Marcelli compuseram um SAMBA chamado "Caiu na Rede é Peixe". O que serviu de inspiração para o Estrilho
dos compositores dessa nova versão, Vicente Longo e Waldemar Camargo, com interpretação de Cauby Peixoto, gravado em LP vinil pela Premier/RGE. Já o Grupo A Patotinha gravou pela RCA Pure Gold (1978) e RCA Victor (1979).
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Caiu na rede é peixe, LÊ-LÊ-á.
Eu não posso bobear
A maré tá cheia, tá-tá-tá-tá-tá-tá!
marchinhas gravadas sem sucesso
Neste período as marchinhas carnavalescas continuaram a ser compostas, mas não atingiam mais o sucesso. O Carnaval neste período abriu às portas ao samba, dentre outros ritmos.
Imagine uma grande quantidade de composições, que se quer ganharam holofote. Cito apenas para visializarem: excelentes intérpretes e compositores, marchinhas que tinha de tudo para dar certo, mas não deram.
- 1969: VELHA GUARDA - Interprete Francisco Petrônio. Composição de Vicente Longo e Waldemar Camargo, Gravadora Som Maior.
- 1970: BANDEIRA BRANCA
Marcha Rancho composta por Max Nunes e Laércio Alves com Interpretação de Dalva de Oliveira, pela Odeon. Sucesso que perdura até nos dias de hoje.
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Bandeira branca, amor
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço paz
- 1973: A HORA DA ONÇA - Interpretepor Roberto Audi, Odeon, composição Vicente Longo, Waldemar Camargo e Roberto Audi.
- 1973: SETE E SETE - Interprete Virgínia Lane, Gravadora Todamérica, composição de Vicente Longo e Waldemar Camargo.
- 1973: CARNAVAL (TEMPO DE AMAR) - Interprete Emilinha Borba, Odeon, composição de com Jota Júnior e Vocente Longo.
- 1974: CHATOLINO - Interprete Joel de Almeida, Odeon, composição de Vicente Longo, Jota Júnior e Zizi.
- 1983: MISS BATALHÃO (Blusinha Dela) - Intérprete Carlos Aguiar, composição Manoel Ferreira, J.Nunes e Vicente Longo.
1967 à 1999 - marchinhas de auditório
Marchinhas carnavalescas neste período foi promovida em programas de rádio e televisão, especialmente na voz do apresentadores de televisão, figuras icônicas da TV brasileira.
Chacrinha, Silvio Santos e até Raul Gil, com programas de grande audiência na TV Brasileira, usavam as marchinhas em jingles ou cantando entre partes de competições musicais.
Nesta fase, os compositores criavam marchinhas que tinham maior interação com o público de auditório.
Estas marchinhas de auditório faziam parte do Programa aos domingos o ano todo, sem distinção ser carnaval ou não.
Silvio Santos, como apresentador e empresário, foi o apresentador que mais gravou marchinhas de auditório, fazendo com que a maioria destas disparassem no Carnaval de todo o Brasil.
Umas até se eternizaram na voz de Sílvio Santos, como A PIPA DO VOVÔ (1980), composição de Manoel Ferreira e Ruth Amaral.
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A Pipa do Vovô não sobe mais
A Pipa do Vovô não sobe mais
Apesar de muita força
O vovô foi passado pra trás

Acervo Silvio Santos
- 1967: A DANÇA DA BONECA
O apresentador Chacrinha lançou essa marchinha em 1967 próximo ao Carnaval. Tamanho o sucesso e a aceitação do público,
que posterior virou um jingle, que se eternizou: "Ó Terezinha, Ó Terezinha/ É um barato o Cassino do Chacrinha".
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Ó Terezinha, Ó Terezinha
Só de Boneca
Nessa onda do Chacrinha
- 1970: DIG DIM
Esta marchinha de auidtório fez sucesso em 1970, com interpretação de Silvio Santos,
composta por Vicente Longo (Vicente Longo Netto) e Waldemar Camargo (Waldemar Leopardi Camargo), gravada na Odeon,
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É hoje que eu vou pra farra
Ninguém me agarra
Eu vou me espalhar
- 1971: CARANGUEJO
Gravada por Sílvio Santos, pela Gravadora Odeon. Composto em 1970 por Waldemar Camargo e Vocente Longo,
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A Dança do Caranguejo
É assim que a gente faz
Dá o braço e me dá um beijo
Um pulinho pra frente, um pulinho pra trás
- 1971: A BRUXA VEM AÍ
Esta marchinha foi um sucesso que perdura até os dias de hoje. Interpretada por Silvio Santos, com composição de de Manoel Ferreira e Ruth Amaral (Ruth do Amaral Ferreira),
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Pula, Pula, Pula
Numa perna só
Vem largando brasa
No cachimbo da vovó
- 1973: A MARCHA DO CACHORRO (A Vez do Osso)
Sucesso em 1973, que eternizou. Interpretada por Silvio Santos e composição de Vicente Longo e Waldemar Camargo,
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Tá, tá, tá
O mundo tá no fim
Tanta mulher
Correndo atrás de mim.
- 1975: SOLTEIRA OU CASADA (ZAZÁ)
Interpretada por Silvio Santos. Composição por Vicente Longo e Jota Júnior. Esta marchinha fez parte do LP Show de Alegria da RCA Pure Gold.
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Será? Será?
Será que a Zazá
É Solteira, é Casada
Ou tico-tico no fubá?
- 1976: OH VEM CÁ MEU BEM
Interpretada por Silvio Santos. Composição por Vicente Longo e Jota Júnior.
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- 1977: O METRÔ
Interpretada por Silvio Santos. Composição de Vicente Longo e Jota Júnior, pela Gravadora Camden.
- 1977: A MARCHA DA MULATA
Interpretada por Mussum (Os Trapalhões). Composição de Wilson Miranda, Mussum e Jotagê.
- 1977: A MARCHA DO PERU
Interpretado por Chacrinha. Composição de Wilson do Brejo, Abelardo Barbosa (Chacrinha) e Arga.
- 1977: GIGI
Interpretada por Silvio Santos. Composição de Manoel Ferreira, Ruth Amaral e João Roberto Kelly.
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Gigi
Eu chego lá
Me dá uma colher de chá
- 1979: SERRA PELADA
Interpretada por RAUL GIL. Composição de Raul Gil, Vicente Longo e J. Nunes.
- 1979: MANDIOCA
Interpretada por Silvio Santos. Composição por Vicente Longo e Jota Júnior, pela Gravadora Victor.
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Oi, pega a mandioca
Descasca a mandioca
Aperta mandioca
E o álcool vai sobrar
- 1980: BICHO BOM
Interpretada por Silvio Santos nos anos 80. Composição de Archie Bleyer, um maestro e produtor musical norte-americano.
A melodia original é da canção “The Whistler and His Dog”, de 1951.
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Ô bicho bom
Bicho bom é a mulher
Tem homem que não gosta
Tem homem que não quer
- 1979: SERRA PELADA
Interpretada por RAUL GIL. Composição de Raul Gil, Vicente Longo e J. Nunes.
- 1983: NEGANDO FOGO
Interpretada por RAUL GIL. Composição de Raul Gil, Vicente Longo e J. Nunes.
- 1984: IÁ BADÁ BADU
Interpretada por Silvio Santos. Composição de Silvio Santos, Vicente Longo e RogÊ, pela Gravadora Victor.
- 1986: AI PAIXÃO
Interpretada por Silvio Santos. Composição de Silvio Santos, Vicente Longo e RogÊ, pela Gravadora Victor.
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1980 à 1990 - resgate das marchinhas
Blocos tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro começam a resgatar clássicos das marchinhas. Nos anos 80 algumas regravações chegaram a fazer sucesso, como:
- 1980 - BALANCÊ, - Interpretada por Gal Costa (Maria da Graça), composição de João de Barro e Alberto Ribeiro. Gravada em 1979, fez sucesso no ano seguinte.
A marchinha foi orinalmente gravada em 1932 por Carmem Miranda, CONTINUAÇÃO AQUI
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê
- 1980 - SASSARICANDO - Interpretada por Rita Lee, composição de Luís Antônio, Jota Júnior e Oldemar Magalhães, trilha sonora da novela "Ti, Ti, Ti".
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Sa, sassaricando
Todo mundo leva a vida no arame
Sa, sassaricando a viúva, o brotinho e a madame
- ANOS 90 - Marchinhas clássicas ganham espaço em compilações e álbuns de Carnaval.
2000 - renascimento das marchinhas
"Chegamos ao tempo em que dar um passo a frente talvez seja dar um passo para trás.
Resignificar o que é velho, o que é o novo. A ideia de que o novo na música só é a desconstrução dela mesma, também não cabe mais. O conceito musical está essencialmente no uso de blocos temáticos que compõe os shows: Há o bloco de marchas-rancho,
o bloco de marchinhas antigas, o de frevos, o de ijexás, o de canções famosas que não eram, mas “viraram” marchinhas, e tantos outros." (9)
Com o renascimento do Carnaval de rua traz de volta a valorização das marchinhas.
Os Blocos de Rua, à partir dos anos 2000, ajudaram a revitalizar as marchinhas.
Artistas contemporâneos começaram a compôr novas marchinhas que dialogam com temas atuais regado a muito humor e sátiras políticas e sociais, mantendo o espírito crítico e divertido.
- zé pereiras
Nas cidades do interior de muitos Estados brasileiros, onde há muito tempo não existia mais Carnaval de Rua (só em Bailes/Salão),
começaram a resgatar essa tradição. Umas aderiram ao desfile de Escolas de Samba, e outras com desfile de blocos com bandinhas de Fanfarra, sopro e percurssão, com Bonecos Gigantes, ao som de marchinhas.
Um exemplo o "Arrastão do Zé Pereira" (2019) de Várzea Paulista, interior de São Paulo, e está virando tradição na cidade,
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Não poderíamos deixar de citar, que a tradição de desfile ao som de marchinhas carnavalescas, nunca deixou de existir em muitos Carnavais brasileiros.
Destaque ao desfile dos Bonecos Gigantes de Olinda,
ao Zé Pereira de São Luiz do Paraitinga,
ao bloco Zé Pereira Clube dos Lacaios de Ouro Preto MG, e aplausos carnavalescos a tantos outros que nunca deixou a folia adormecer.
- mandús
Antigas tradições começaram a ser resgatadas e desfilam ao som de marchinhas, como os Mandús,
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- fofão
No Maranhão, a tradição do Fofão se manteve firme todos os anos,
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- 2000: CONCURSOS DE MARCHINHAS
Começaram a surgir Concursos de Marchinhas em todo o Brasil, o que acabou incentivando a nova geração a compôr esse gênero. Mas nenhuma realmente que fizesse sucesso além da premiação.
- 2005: CONCURSO DE MARCHINHAS - RIO DE JANEIRO RJ
O espaço Fundição Progresso lançou o 1º Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas em fevereiro de 2005, com o objetivo de resgatar a tradição dos antigos carnavais.
- 2009: capital das marchinhas
Nazaré Paulista, cidade do interior de São Paulo, que era conhecida somente por suas belezas naturais, ganhou o título da cidade como a "Capital das Marchinhas".
Tudo começou em 2009 quando um grupo de amigos criaram o Bloco Impina Carroça para desfilar pelas ruas da cidade, ao som de marchinhas carnavalescas, por não existir desfiles de carnaval na cidade.
Tamanho o sucesso, que desde então não parou de crescer, surgindo novos blocos, e tornando a cidade conhecida como a "capital das marchinhas.

Folder Oficial do Carnaval de 2023
- 2010: BLOCOS DE RUA
No Rio de Janeiro, os Blocos como Cordão do Boitatá e Gigantes da Lira revitalizaram as marchinhas no Carnaval de Rua.
- 2010: 1º CONCURSO DE MARCHINHAS - SALVADOR BA
O Bloco Os Mascarados lançou o primeiro Concurso de Marchinhas na cidade de Salvador aconteceu no dia 13 de fevereiro de 2014, elegendo na categoria "Livre" as canções 1º lugar Me Cutuca (Marcelo Quintanilha e Gerson Guimarães), 2º lugar Ele é Mulher no Carnaval (Edu Casanova, Marcela Belas e Tenyson Del Rey) e 3º lugar Menina sem Vergonha (Eduardo Gouveia, Hermano Gouveia e Rodrigo Piscini).
Na categoria "Estudantil" venceu a marchinha "Negro". O júri que elegeu as marchinhas foi formado por Armandinho Macêdo (músico), Fred Dantas (maestro), Osmar Martins (Correio da Bahia), Andrezão Simões (comunicador), Ronaldo Jacobina (jornalista), Márcia Rios (professora) e Ana Rosa Ramos (professora).
- 2013: os marchistas
"Três artistas contemporâneos, compositores e parceiros em diversas músicas, com carreiras distintas e independentes resolveram estar juntos para formar um coletivo de marchinhas. Marcelo Quintanilha, Jota Velloso e Thathi são OS MARCHISTAS".
"E assim, desde 2013, ainda com a primeira formação, com Tenison Del Rey, OS MARCHISTAS invadiram os pré carnavais de São Paulo e Rio, e principalmente o carnaval de Salvador, tocando nos projetos de palco e de rua e nos melhores camarotes da festa, ao lado de artistas consagrados como Daniela Mercury e Gilberto Gil".
"Tudo isso intercalado há novas marchinhas autorais, como a premiada “Me Cutuca”, que ganhou 1º Concurso de Marchinhas realizado em Salvador em fevereiro de 2014. Faturaram também o segundo lugar com “Ele é Mulher no Carnaval”. A “Marchista” Thathi, empunhando a guitarra baiana, instrumento pouquíssimo adotado na música brasileira, dá um charme único a este trio eclético, que ainda conta com a voz e o violão de Marcelo Quintanilha e a voz de Jota Velloso. Batera, baixo e teclado completam a banda que os acompanha".
"Com repertório bem variado, e temas ligados aos dias de hoje, o coletivo traz charme e frescor ao clássico repertório de marchinhas que unem gerações e religam nossa identidade à nossa memória." (9)
- 2019: 13º CONCURSO DE MARCHINHAS - TAUBATÉ SP
O 13º Concurso de Marchinhas do distrito Quiririm foi realizado no 01 de março de 2019, no palco na rua Coronel Marcondes de Mattos,uma realização Prefeitura Municipal de Taubaté (SP).
- 2021: PLAYLIST
Apesar da pandemia mundial de Covid-19, as marchinhas foram muito procuradas online e playlists, para fazer o Carnaval em casa, com as crianças.
- 2022: CONCURSO DE MARCHINHAS da TV LIBERAL - BELÉM PA
Com o tema "Carnaval na TV Liberal de um jeito paraense" o concurso teve alegria e criatividade na final. em 14 de fevereiro 2025.
Tv Liberal filiada a Rede Globo (Tv aberta). 1º Carnaval Diferente Liberal (Bruno Andrade),
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Mulher vai simbora
Pra folia que é legal
Esse ano o carnaval é diferente
De um jeito paraense
É só na TV Liberal
- 2025: 7º CONCURSO DE MARCHINHAS - ITAPIRA SP
A Prefeitura de Itapira, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, realizou no dia 3 de março de 2025 o 7° Concurso de Marchinhas Carnavalescas. A competição acontece no Parque Juca Mulato durante a programação do Carnaval Itapira 2025 e
teve por finalidade promover a integração entre a população e os compositores das mais diversas localidades no sentido de resgate do formato das marchinhas de carnaval. 1º lugar Tatuí (Gui Silveiras).
1º lugar Essa Fada (Luiz Fernando da Silva), 2º É Nhenhenhém Demais (Wagner Leandro Ribeiro) e em 3º Caçar Içá (Juliana dos Santos Leme).
- 2025: CONCURSO DE MARCHINHAS e BAILE DAS BONECAS - LACUNA SC
No tradicional Baile das Bonecas foi realizado o Concurso de Marchinhas no dia 27 de fevereiro de 2025, abrindo oficialmente o Carnaval 2025 da cidade de Laguna, no Espírito Santo. Realização Prefeitura Municipal de Lacuna.
1º Mamãe, eu quero Chopp! (Gian Pierre) e 2º Solta a Passarinha (Libertu).
- 2025: CONCURSO DE MARCHINHAS - CARAGUATATUBA SP
Foi realizado o Concurso de Marchinhas do 25º Carnaval de Antigamente da Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (Fundacc), onde reuniu 12 autores que apresentaram as canções na Praça Cândido Motta (Coreto), no dia 22 de fevereiro 2025.
O objetivo foi valorizar, difundir e incentivar a festa popular e premiar as composições de marchinhas carnavalescas, uma realização Prefeitura Municipal de Caraguatatuba, litoral nortes de São Paulo.
1º Somos da Melhor Idade (Carlos Daniel Aparecido de Araújo), 2º Grito de Carnaval (Adalberto Mariano) e 3º Gaiola das Loucas (Marcello Dubau).
- 2025: 1º CONCURSO DE MARCHINHAS - ITAQUAQUECETUBA SP
Promovido pela Secretaria da Cultura, foi realizado o 1º Concurso de Marchinhas Carnavalescas no dia 01 de março de 2025, na cidade de Itaquaquecetuba, interior de São Paulo
1º lugar a marchinha Rabo de Arraia (Adriano Salhad), 2º Cachaça Marvada (Francisco Fellipe) e em 3º Carnaval em Itaquá (Rafaella Lira).
- 2025: 10º CONCURSO DE MARCHINHAS - BELO HORIZONTE MG
O concurso de marchinhas Mestre Jonas chega a sua 10ª edição em fevereiro de 2025, na cidade de Belo Horizonte MG.
/ Tema livre: 1º Perdi Meu Marido pra Bet (Lívia Itaborahy), 2º Chupê Tinha (Bobô da Cuíca)e 3º Não se Meta (Valdênio Martinho/Alexandre Rezende) /
Tema Tira o Pé da Minha Serra: 1º Aí Cê me Quebra (Myro Rizoma)/ Hit do Carnaval: 1º Seu Cachorro Tá na Rua (Di Souza).
- 2025: 3º CONCURSO DE MARCHINHAS - SÃO ROQUE SP
Terceira edição do Festival de Marchinhas realizado pela Prefeitura de São Roque, interior de São Paulo.1º Marcha Rock (Hugo Brasarock e Tavinho Limma) e 2º Eu Vou de Espanhola (Cia de Eros e Galvão Frade).
- 2025: 7º TV RIO SUL - RIO DE JANEIRO RJ
A TV Rio Sul da Costa Verde, filiada da Rede Globo do Rio de Janeiro promoveu a sétima edição do Concurso de Marchinhas em fevereiro de 2025, sendo:
1º lugar Ligados em Você (José Mário de Oliveira), 2º Se liga na TV Rio Sul" (Mário Sergio) e
3º Marchinha da Alegria (Adilson Magalhães).
- 2025: concursos de marchinhas
Em 2025, vários municípios de todo o país realizaram concursos de marchinhas carnavalescas, como em Estância SE, Florianópolis SC, dentre outras.
curiosidades
A Marchinha é um gênero musical autenticamente carioca, predominantes no Carnaval brasileiro:
- QUAIS OS TEMAS ABORDADOS NAS MARCHINHAS?
Os temas abordados nas marchinhas carnavalescas são amor, política, preconceito, sátiras políticas e sociais, homenagens e profissões, tudo com muito humor, deboche e malícia, confira aqui
- QUAL A MARCHINHA MAIS ANTIGA DO BRASIL?
É a marchinha "Ó Abre Alas (Haroldo Lobo e Nássara), confira aqui
- QUAIS AS MARCHINHAS MAIS POPULARES DO BRASIL?
Em 2023, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição)
fez um levantamento das vinte músicas de Carnaval mais tocadas durante o Carnaval nos últimos cinco anos (2018 à 2023) em todo o Brasil,
por solicitação da Veja (Editora Abril), que foi publicada na revista 10/02/2023 com reportagem de em Felipe Branco Cruz. (8)
01. Mamãe eu quero (Jararaca / Vicente Paiva)
02. Me dá um dinheiro aí (Ivan Ferreira / Homero Ferreira / Glauco Ferreira)
03. A jardineira (Benedito Lacerda / Humberto Carlos Porto)
04. Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly / Roberto Faissal)
05. Marcha do remador (Castelo / Antonio Almeida)
06. O teu Cabelo não Nega (João Valença / Raul Do Rego Valença / Lamartine Babo)
07. Allah-la-ô (Haroldo Lobo / Antonio Nassara)
08. Ta-hi (Joubert de Carvalho)
09. Cidade Maravilhosa (Andre Filho)
10. Índio quer Apito (Milton de Oliveira / Haroldo Lobo)
11. Cachaça (Lucio de Castro / Heber Lobato / Marinosio Filho / Mirabeau)
12. Maria Sapatão (João Roberto Kelly / Carlos / Chacrinha / Leleco)
13. Marcha da Cueca (Celso Teixeira / Livardo Alves da Costa / Carlos Mendes)
14. Saca-rolha (Zé Da Zilda / Zilda Do Zé / Waldir Machado)
15. FREVO - Vassourinhas (Batista Ramos / Mathias da Rocha)
16. FREVO - Vassourinhas (Batista Ramos / Mathias da Rocha)
17. Sassaricando (Luiz Antonio / Candeias Jota Jr. / Castelo / Mario Gusmão Antunes)
18. Não quero Dinheiro (Tim Maia)
19. Nós os Carecas (A.Marques Jr. / Roberto Roberti)
20. Mulata iê iê iê (João Roberto Kelly)
1900 à 1939 - continuação
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BIBLIOGRAFIA- Capa do Periódico FON-FON
confira logo aqui na parte I, não fique parado aí