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QUEM SOMOS, AFINAL ?

Mais uma ano se vai e nos perguntamos: Somos brasileiros ? Mas aí vem uma segunda pergunta: o que é ser brasileiro? Se aqui você encontrou uma resposta fácil, então exija logo seu título de doutor em antropologia brasileira porque você merece.
Algumas das cabeças mais brilhantes do Brasil, de Gilberto Freire à Darcy Ribeiro, gastaram décadas de trabalho tentando e não chegaram a uma resposta definitiva. "Brasileiro ou Selvagem? Eis a questão do índio" ou "Negro sim, com muito orgulho!". Somos uma fusão de raças e culturas que já dura meio milênio deu os brasileiros traços e personalidadeprópria. Mas basta olhar mais de perto para perceber que, apesar de tudo, não perdemos contato com as raizes de nossa formação. O brasileiro é isso: o resultado de uma mistura que, mesmo submetida a tantos constrastes históricos e geográficos, mantem-se unida por 5 séculos.
Apesar dos constrastes de paisagens, das raças diferentes e até dos abismos sociais, conseguimos formar um só povo.
Fonte: Vinícius Romanini

CABOCLO
A palavra caboclo também é usada como sinônimo de mameluco - a mistura entre brancos e índios. Como tipo cultural, no entanto, i caboclo é ribeirinho, ou seja, o morador das margens dos rios, principalmente os da região Norte.

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CAFUZO
Também chamado caburé é o resultado da mistura do negro com o índio. Tem a pele escura de tom avermelhada e olhos amendoados. O cafuzo surgiu ainda no início da colonização, no século 16, quando os índios e negros eram usados como escravos. Ao dividir o mesmo espaço e condição social, acabaram se mesclando.

CAIÇARAS
É o morador do litoral sudeste brasileiro, que povoa as matas de retinga próximas aos manguezais. Adotou muitos hábitos indígenas, como a roça de coivara e a pesca artesanal com covas. São loiros porque descendem de aventureiros franceses e suiços que se instalaram ali no período colonial.

CAIPIRA
De um modo geral é quem mora no interior de São Paulo e Minas Gerais, vivendo de cultivar a roça. Chapeú de palha e cigarro, seus modos rústicos, herdados da convivência com os índios, provocaram desdém quando visitava a cidade.

JANGADEIROS
É o pescador dos mares nordestinos que vive nas comunidades do litoral. Especializou-se na pesca de rede a bordo de jangadas, pequenas embarcações de vela triangular feitas de seis paus roliços, retirados das matas da região.

MAMELUCO
Também conhecido como carioba, surgiu com a mestiçagem entre índios w brancos. Foi o primeiro mestiço do Brasil e já nos primeiros anos após o descobrimento há relatos de aventureiros que ganharam a simpatia das tribos tupis, vivendo uma tranquilidade poligamia com várias esposas indígenas e rodeados de dezenas de filhos mamelucos.

MULATO
É a nestiçagem mais comum do Brasil, fruto do cruzamento entre brancos e negros. No período colonial, o mulato era quase sempre a prova do abuso do senhor do engenho, que escolhia na senzala as mulheres mais bonitas para a sua satisfação sexual. Hoje, o mulato é o símbolo da beleza brasileira cada vez mais numerosa.

ORIENTAL
O termo mestiço serve para definir qualquer tipo de mistura de raças, mas nos últimos anos tem-se usado para os casos dos orientais. O fenômeno ainda é recente e em certa medida raro, pois a raça amarela, da qual os japoneses são a maioria no Brasil, vivem décadas organizada em colônias fechadas, o qu dificultou a mistura.

PANTANEIRO
O homem pantaneiro que é basicamente um vaqueiro adaptado para as pastagens úmidas, nasceu com a chegada da criação extensiva de gado ao pantanal. O sistema de cheias e vazantesdo rio Paraguai obriga o constante deslocamento dos rebanhos dasterras baixas e alagáveis para as altas e secas. Ao contrário do gaúcho, que só come carne, o pantaneiro também aprecia a fartura de peixe na região. São loiros porque descendem de aventureiros franceses e suiços que se instalaram ali no período colonial.

SERTANEJO
É o morador das zonas mais secas do país, principalmente das chapadas e da caatinga nordestina. Enfrenta a dureza do sertão com a vida frugal baseada na criação de umas poucas cabeças de gado e no plantio de subsistência.