CRIOULA Texto : Alzira Rufino PT
Eu sou criola decente Não sou vil Estou nas cordas Em equilíbrio
De um Brasil A minha cor apavora Essa raça agride ouvi dizer Não é nos dentes do negro
Não é no sexo do negro É na arte do negro De viver Melhor dizendo
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Sobreviver Com essa coisa que arrasta O tronco que tentam esconder Mas esses troncos existem
No conviver Os troncos estão nas favelas Vejo troncos nas vielas Nas moradias fedidas
Nas peles sem esperança Nas enxurradas de não No jogo das damas e reis Eu me perdi
Nas rotas dos estiletes Nas celas e nos engodos Negro carretel de rolo Querem fazer um mundo Marginal criolo
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