TRAJETÓRIA HISTÓRICA
Os fundadores do Malê participavam do bloco afro Melo do Banzu, no Engenho Velho da Federação, e quando se mudaram para Itapuã resolveram fundar o bloco, que se tornou também uma associação de moradores da comunidade, dedicada a valorizar a cultura negra e promover o desenvolvimento do bairro.
(Fonte : Projeto Carnaval Ouro Negro)
O Malê Debalê foi fundado em 23 de março de 1979 por um grupo de moradores de Itapuã que desejavam ver o seu bairro representado no carnaval de Salvador. O bloco tem na dança e na música um elo forte com a tradição cultural herdada da cultura afro, mesclada com o viver popular e o mental coletivo contemporâneo de sua comunidade praieira.
O nome é uma homenagem aos Malês, negros muçulmanos, que lutaram contra o processo de escravidão, representando, na Bahia, uma resistência ativa. Assim, o bloco, como afrodescendente, tem na história dos Malês, um mito de referência. A entidade considera uma missão não apenas contá-la, mas, principalmente, tornar-se um exemplo dessa história, seguindo e interferindo na cultura baiana com a mesma postura de resistência à dominação de seus ancestrais.
O nome Malê é uma referência aos negros muçulmanos, que lutaram contra o processo de escravidão, representando, na Bahia, uma resistência ativa.
Na Itapuã praieira de 1979, surge o Bloco Afro Malê Debalê, das mãos e dos passos de dança dos moradores que desejavam ver o seu bairro representado no carnaval de Salvador. O nome é uma homenagem aos malês, povo de origem africana e religião muçulmana, que marcou a história do Brasil na luta pela libertação dos negros.
O Malê tem na dança e na música um elo forte com a tradição cultural herdada da cultura afro, mesclada com o viver popular e o mental coletivo contemporâneo de sua comunidade praieira. Considerado o maior balé afro de rua do mundo, levou para as ruas no Carnaval de 2015 o tema Kirimurê – o Malê reconta o Recôncavo, a história do recôncavo baiano, berço do encontro entre índios, africanos e europeus na formação da nação brasileira.
Nas oficinas Mundo Afro, durante seis meses, a sede da entidade, ao lado da Lagoa do Abaeté, abrigou um público disposto a aprender e empreender.
"Na década de 70, muitos jovens do centro da cidade foram morar em Itapuã e do encontro com os nativos do bairro, surgiu, em 23 de março de 1979, o bloco Malê Debalê. Inicialmente, o nome sugerido foi “Os Malês”, em referência ao importante fato histórico ocorrido em Salvador em 1835." (Bahia Meu Amor)
“Os fundadores achavam que ficava faltando um segundo nome que deixasse mais sonoro. Então, eles foram para um ensaio de um outro bloco da época, chamado Badauê. Uma das canções cantadas tinha como refrão as palavras ‘debale, debalê’. E aí eles tiveram a ideia de juntar: Malê Debalê. Até hoje, muita gente tem dificuldade e pensa que é “De Balê”, separado, e não é. É junto. Também não tem a ver com balé, nem com Iansã Balé. É só Debalê”, explica Carlos Eduardo, ressaltando que hoje a palavra foi ressignificada para um sentido de positividade, alegria e axé.
TEMAS DO CARNAVAL
CLIQUE AQUI e confira os temas dos carnavais
O Malê Debalê é um bloco afro, fundado em 23 de março de 1979 por um grupo de moradores de Itapuã que desejavam ver o seu bairro representado no carnaval de Salvador.
O Malê tem na dança e na música um elo forte com a tradição cultural herdada da cultura afro, mesclada com o viver popular e o mental coletivo contemporâneo de sua comunidade praieira.
Soma, em média, 4.000 integrantes. A bateria, totalmente acústica, é composta de 150 percussionistas e quatro maestros. Atualmente contamos com 19 alas de dança, num total de 1.500 dançarinos, o que nos autorizou receber, do Jornal New York Times, o título de “O maior Ballet afro do mundo”. Nossa fantasia é assinada pelo renomado artista plástico e arte-educador Ives Quaglia.
Seu espetáculo é reconhecido, tanto pelos órgãos oficiais do estado quanto pela mídia local e nacional, como uma das mais autênticas tradições da cultura negra baiana, o que traduz essencialmente a simbologia da afrodescendência e o imaginário da comunidade de Itapuã. Tais expressões já alcançaram horizontes mais amplos, e por essa razão, em 2000, o Bloco Malê representou o Brasil no Festival Internacional do Caribe, no México ...
Na história do pan-africanismo contemporâneo, inúmeras expressões de insurgência negra se difundiram por todo continente americano, e em especial na Bahia, e em Salvador. O atual bairro de Itapuã, por exemplo, berço do Grupo Cultural Malê, foi palco de inúmeros levantes negros, desde o temido Quilombo do Buraco do Tatu (1744 – 1764), até as revoltas de 1807 a 1814 promovidas por negros pescadores escravizados. Contudo, sem sombra de dúvidas, a mais célebre revolta escrava nas ruas de Salvador, aconteceu em 25 de janeiro de 1835, episódio que ficou conhecido como a Revolta dos Malês, que violentamente reprimida, consagrou à história da luta negra baiana nomes como: Ojô, Luiza Mahin, Capitão Sule, Pacífico Licutã, Dandará, entre outros.
Portanto, o nome do bloco é uma intencional homenagem aos Malês, negros muçulmanos, que lutaram contra o processo de escravidão, representando na Bahia, uma resistência ativa. Assim, o Malê, como afro descendente, tem na história dos Malês, um mito de referência. Considera uma missão, não apenas contá-la, mas, principalmente, se tornar um exemplo dessa história, seguindo e interferindo na cultura baiana com a mesma postura de resistência à dominação de seus ancestrais.
Somos conscientes de que nossa participação no Carnaval não se restringe a um simples desfile. Ao irmos para as ruas, nas folias de Momo, estamos fazendo presente na cidade a força de uma cultura da qual somos herdeiros e nos cabe historicamente defender.
Buscamos assim, através da alegria, apresentar nossos valores rítmicos, danças, crenças e expressões de um ser baiano que, nos 365 dias do ano, trabalha, passa por dificuldades convive, ama se orgulha de pertencer a uma cultura rica no saber construído na vivência em comunidade, onde o coletivo representa a essência das individualidades.
2016
Considerado o maior balé afro do mundo, pela revista New York Times, o bloco afro entrou na avenida com o tema Sou Sertanejo Negro Forte, para referendar a influência da cultura negra no semiárido brasileiro.
Com 38 anos de existência, o bloco de Itapuã faz parte do Carnaval Ouro Negro (SECULT BA).
2018
Figurino, dança e simpatia serão os critérios avaliados para escolher os representantes do bloco com o maior balé afro do mundo no Concurso Negra e Negro Malê Debalê que irá representar a raça negra no Carnaval de Salvador 2018, na Bahia (Brasil) (SECULT BA).
2002 - PROJETO MALÊZINHO
Em 2002, foi criado o projeto pedagógico Malêzinho para atender a crianças e jovens de até 16 anos, matriculados regularmente em escolas, por meio de oficinas de dança e percussão, acompanhamento pedagógico, atendimento aos pais e participação nos desfiles de carnaval, em Itapuã, no domingo da folia.
Como desdobramento do projeto, em 2006, foi inaugurada a Escola Municipal Malê Debalê, destinada a Educação Infantil e Ensino Fundamental, atendendo crianças de três aos oito anos.
(Bahia Meu Amor)
LOGOMARCA MALÊ DEBALÊ
"A logomarca do Malê tem uma mulher negra com a roupa amarela, que é uma representação da Lagoa do Abaeté, da lagoa de Oxum, além de peixes, búzios, a lua e o sol, vinculados à questão do mar, da praia. Então, quando o bloco surge, ele chega intimamente vinculado com o que é Itapuã. Por isso que eu digo que se você não entender Itapuã, você não entende o Malê”.(BahiaMeuAmor)
AÇÕES SOCIAIS O bloco mantém uma escola que atende a cerca de 300 alunos, do pré-escolar até a segunda série, oferecendo também aulas de dança, teatro e música.
CURIOSIDADES O bloco é considerado como maior balé afro do mundo. Realiza apresentações com 2.000 dançarinos atuando conjuntamente. O nome do bloco é uma homenagem à Revolta dos Malês, levante de negros mulçumanos que ocorreu em 1835, em Salvador. O termo "malê" deriva do iorubá "imale", designando o muçulmano. O Malê foi o primeiro bloco a ser campeão, no Carnaval de 1980, na categoria de bloco afro de Salvador.
|