origem dos gingantones
"A tradição de construir bonecos gigantes surgiu na Europa, provavelmente durante a Idade Média. Começou com as religiões pagãs, na expressão de seus mitos. Ficaram muito tempo escondidos, por medo da Inquisição.
Chegaram ao Brasil com os portugueses, desfilando inicialmente em procissões e festividades religiosas na figura de bufões ou reproduzindo santos católicos (1)."
A diversão carnavalesca conhecida como ZÉ PEREIRA nasceu em Portugal no século XIX, onde tocadores de
bumbos grandes acompanhavam as procissões e romarias nas regiões do do Norte, entre Douro e da Minho.
Os grupos de Zé Pereira desfilam até hoje pelas ruas do norte de Portugal, nas regiões do do Norte, entre Douro e da Minho,
acompanhando romarias acompanhados de gigantones e cabeçudos, e é, sem dúvida em Agosto,
nas incomparáveis e magníficas Festas Carnavalescas e Romarias de Nossa Senhora d´Agonia,
que a tradição atinge o seu maior expoente.
No Brasil os Blocos/arrastóes desfilam com os GICANTONES (bonecos gigantes), os BONECOS GIGANTES DE MÃO (bonecos de mão com varas gigantes), os MARICOTÕES (como os bonecos gigantes são chamados no Sul) e com os CABEÇUDOS (vestem somente a cabeça gigante direto no corpo), dançando e rodopiando ao som dos bumbos dos
ZÉs P´REIRAS ou seja, ZÉ PEREIRA.
Atualmente os blocos viraram tradiçõe nos carnavais brasileiros, dando destaque aos famosos BONECOS GIGANTES DE OLINDA.
afinal o que é um gigantone?
Gigantone é um boneco de figura humana com 3, 4 ou 5 metros de altura, típico das festas populares e romarias portuguesas
e CORTEJOS DE CARNAVAL, ou seja, acompanham blocos ao som de bandinhas de bumbo e percussã tocando antigas marchinhas carnavalescas ou sucessos atuais.
O boneco tem uma estrutura que permite ser VESTIDO e manuseado por uma pessoa no seu interior.
A cabeça de grandes dimensões, feita de pasta de papel, e o resto da estrutura podem atingir trinta quilos,
peso suportado pelos ombros
do manuseador e que faz com que a amplitude de movimentos do boneco seja limitada.
Os gigantones não aparecem sozinhos, mas em par ou grupos de casais, envergando trajes de cerimônia ou populares, e
desfilando ao ritmo de música tocada por zés-pereiras.
Podem ser acompanhados por cabeçudos, bonecos mais pequenos (tamanho de uma pessoa) com uma cabeça enorme e desproporcional
relativamente ao corpo.
A cabeça, também feita em pasta de papel, é usada como uma espécie de capacete, e as roupas são mais informais
e coloridas que as dos gigantones, podendo mesmo personificar monstros ou demónios.
Com maior liberdade de movimentos que os gigantones, os cabeçudos dançam e movimentam-se alegremente como um rancho de filhos ou
uma corte animada ao seu redor. No Minho também são conhecidos por almajonas ou armazonas.
Trata-se de um dos quadros mais emblemáticos da romaria, que no més de Agosto, começa
com o desfile da mordomia e com a primeira revista de gigantones e cabeçudos, descrita no programa da romaria
como atraente número, rico de movimento e esfuziante alegria" e onde os grupos de Bombos e Zés Pereiras
prestam a sua vassalagem aos Gigantones e Cabeçudos.
dando vida aos gigantones
"Os carismáticos bonecos gigantes exercem grande fascínio sobre os foliões.
Os artistas com sua arte dáo vida e alma a tantos bonecos gigantes foliões que são a cara do carnaval."
"A pessoa que dá vida ao boneco, carrega-o na cabeça apoiado em almofada existente na base da estrutura de madeira.
A cintura do boneco é localizada na altura dos olhos do carregador, que se orienta através de pequena abertura na braguilha
da calça do boneco, que fica amarrada na cintura por debaixo do paletó." (2)
"Medindo em média 3,4 metros ou em até 4 metros quando montado, os bonecos são levados na cabeça e
nas costas dos bonequeiros. O movimento característico deles se faz rodando; assim, os braços soltos do gigante
giram de um lado para o outro, atingindo de leve algum desavisado e entretendo o pessoal que está em volta, que brinca de desviar das mãos giratórias."
características dos bonecos brasileiros
No início os bonecos gigantes tinham 4 metros de altura e eram confeccionados papel maché na cabeça, com estrutura de madeira no corpo e vestidos com tecido de chita.
Posteriormente com estrutura de papelão, jornal, cola/grude, tinta e sisal, pondendo ser de Isopor ou fibra de vidro.
O processo em fibra de vidro tem início na modelagem em argila baseada em fotos para captar as feições dos homenageados escolhidos.
A partir dessa matriz moldada em argila reveste em gesso, só assim aplica a fibra de vidro, que é um material
mais leve e duradouro.
Os braços são colocados somente na hora do desfile, Eles são confeccionados em isopor para ter a graça e
leveza nos movimentos do boneco, além de machucar os foliões que acompanham o cortejo.
O peso dos bonecos gigantes eram inicialmente de 35 quilos, atualmente é de 20 quilos ou menos. Inicialmente os bonecos eram exatos 4 metros, hoje chegam até; 4 metros.
Hoje a tecnologia e inovação dos materiais utilizados sã muitas para que o boneco gigante fique mais leve, agil e versátil.
homem da meia-noite original
O Homem da Meia-Noite original, primeiro boneco gigante da cidade de Olinda, no Recife - Pernambuco, pesava cerca de 50 quilos
e tinha 3,50m de altura. "Sua estrutura era em madeira, a cabeça, o busto e as mãos eram modeladas em papel gomado,
com acabamento de massa de parede e depois pintadas na cor de pele humana.
Os braços eram recheados de palha de colchão e os punhos e as mãos continham certa quantidade de areia
para pesar e mantê-los em posição quando das evoluções do gigante folião no passo do frevo."(2)
primeiro gigantone brasileiro
O primeiro boneco gigante no Brasil foi chamado de ZÉ PEREIRA, confeccionado com 4 metros de altura em um corpo de madeira,
com cabeça de papel machê e roupas de chita e distribuiu alegria durante o Carnaval de 1919, desfilando pelas ruas da pequena cidade de Belém do São Francisco, localizada a 497 Km da capital pernambucana Recife.
Ele foi criado por GUIMERCINDO PIRES, inspirado pelas histórias que o padre belga Norberto Phallampin contava da Bélgica, onde utilizava bonecos grandes para chamar a atenção
dos fiéis e convencê-los a assistirem as missas.
Dez anos depois (1929) Gumercindo Pires criou uma companheira para o Zé Pereira, a VITALINA, passando a ser a primeira gigantones MULHER do Brasil.
O ZÉ PEREIRA "foi idealizado pelo Gumercindo Pires e criado em equipe com sua tia e amigos.
Cada um construiu um pedaço do boneco. O nome foi dado em homenagem a um português conhecido por
José Nogueira de Azevedo Paredes, comerciante estabelecido no Rio de Janeiro em meados do século 19, que tinha no
sangue as raízes e alegorias carnavalescas de sua terra."(1)
Com o tempo os bonecos foram ganhando traços e feições mais alegres com modelagem em argila.
Em 1929 para o desfile de estréia da boneca gigante VITALINA foi realizado um casamento celebrando a união com o
boneco Zé Pereira, só que acompanhado de outros personagens que vieram surgindo para completar essa tradição
como o macaco, burro, galo e papagaio, além de personagens da cultura e lendas locais, como o Neguinho da Água.
O desfile dos bonecos gigantes centenários Zé Pereira e Vitalina acontecem no Sábado de Carnaval.
Atualmente, a confecção e reforma dos bonecos gigantes, em Belém do São Francisco, é
responsabilidade do artista plástico Aparecido Coelho, que realiza o trabalho desde 1999.
Em 24 de abril de 2022 foi inaugurado em Belém do São Francisco
um Memorial de Zé Pereira e Vitalina. A nova residência dos bonecos passou a ser na Avenida Coronel Jerônimo Pires.
o primeiro gigantone brasileiro completou 100 anos
Em fevereiro de 2019 o primeiro boneto gigante do Brasil completa cem anos.
Os bonecos gigantes Zé Pereira e Vitalina partiram dia 10 de fevereiro de 2019 de Belém do São Francisco em um barco catamarã/balsa pelo no Rio Capibaribe, para abrir o tradicional carnaval da capital pernambucana.
Em sua despedida aconteceu uma festa na orla com papangus, os caretas, os caboclos de lança, dentre outros personagens da cultura carnavalesca do Estado.
Desembarcaram no Marco Zero do Recife no dia 27 de fevereiro 2019 e foram recebido em uma grande festa. Os bonecos gigantes abriram o Carnaval do Recife 2019 e desfilou pela cidade com mais 25 bonecos gigantes de Olinda e 15 dançarinos.
E retornaram para sua cidade natal no dia 01 de março.
bonecos gigantes de olinda
A tradição dos bonecos gigantes, iniciada em Belém do São Francisco, ganhou as ladeiras da cidade de Olinda (cidade histórica do Recife, estado Pernambuco/Brasil) no Carnaval de 1932,
com a criação do boneco do HOMEM DA MEIA-NOITE, confeccionado pelas mãos dos artistas plásticos Anacleto e Bernardino da Silva.
Em 1937 surgiu a MULHER DO MEIO-DIA, em 1974 foi à vez do MENINO DA TARDE
pelas mãos do artista plástico Silvio Botelho, que popularizou a tradição com criação do Encontro dos Bonecos Gigantes.
Na alegoria, o Menino da Tarde é filho do Homem da Meia-Noite com a Mulher do Dia, e irmão da MENINA DA TARDE.
A brincadeira começou com O Homem da Meia-Noite (1931). Segundo o conhecimento popular, todos os dias, exatamente à meia-noite, um homem muito bonito seguia a pé pela Rua do Bonsucesso ... CONTINUAÇÃO AQUI
MARICOTÕES do Sul
O tradicional bloco de gigantes BERBIGÃO DO BOCA abre o carnaval em Florianópolis, em Santa Catarina.
Fundado em 1992 começou um pouco típico mas chegou a promover um arrastao com mais de 100 mil pessoas.
Na região Sul brasileira são chamados MARICOTÕES os bonecos gigantes que representam personalidades marcantes na história do
carnaval da cidade. A cada ano, o bloco faz retoques nos rostos, recuperação das roupas e confecção novos bonecos gigantes.
bonecos de São Bento do Sapucaí
O Bloco Zé Pereira é tradição da folia momesca da cidade de São Bento do Sapucaí, estado de São Paulo, situado na Serra da Mantiqueira, no Brasil.
Os bonecos centenários desfilam todas as noites de carnaval, sempre das 19 as 22 horas onde a cada ano é definido um tema para os bonecos.
Os centenários bonecões do Bloco Zé Pereira. Patrimônio cultural e histórico da cidade, a família mais amada agora tem um museu que conta a sua história. Localizado no Mercado Municipal, o Museu do Zé Pereira foi inaugurado no dia 25 de janeiro de 2020.
O espaço possui três salas de exposição de longa duração, mostrando a história da manifestação cultural no Brasil e a relação com a especificidade de São Bento do Sapucaí.
O museu também aborda os modos de fazer esse bonecos, que foram batizados de Zé Pereira, Maria Pereira, Mariinha e Kiko. Também conta sobre Tomé, Amélia, Zé Neguinho, Dieguito e Pablito que foram criados posteriormente, aumentando a família
gigantones São Luiz do Paraitinga
São Luiz do Paraitinga, cidade do interior de São Paulo (Brasil) é palco da folia carnavalesca com desfile de blocos ao som de marchinhas e bonecos gigantescos.
A primeira edição do desfile dos gigantones aconteceu em fevereiro de 1981 e desde então, no carnaval foi proibido músicas de qualquer outro estilo musical, além das marchinhas carnavalescas na cidade.
De acordo com a Prefeitura, o "intuito dos organizadores é mostrar as raízes e a tradição de um dos carnavais mais pitorescos do Brasil".
gigantones na Paraíba
O Bloco Zé Pereira é um dos mais tradicionais blocos de arrasto no carnaval da cidade de Itabaiana, na Paraíba.
Ao som do ritmo frevo, a fundadora do bloco Dona Mocinha acompanha o desfile da agremiação de bonecos gigantes
O ápice da folia momesca se concentra no desfile dos bonecos gigantes ZÉ PEREIRA e sua esposa MARIA PEREIRA que arrastam multidões.
tradicional bonecos do carnaval em Manaus
bonecos no carnaval em São José dos Pinhais PR
Os bonecos gigantes da cidade de São José dos Pinhais, no Paraná ganharam até Oficina de Bonecos.
Os bonecos gigantes surgiram em 1999 "através do projeto OS BONECOS E A SOCIEDADE com o intuito de aproximar a população
da arte bonequeira, através do CARNAVAL DE BONECOS, de oficinas de confecção, manipulação e
também de espetáculos de teatro de bonecos e formas animadas".(5)
criando tradição no interior paulista
Desde 2018, a Várzea Paulista, cidade do interior paulista, está criando a tradição de incluir bonecos gigantes no Carnaval.
Em 2019 desfilaram oito gigantones no carnaval do município ao som de bandas orquestradas e tem o boneco gigante ZÉ PEREIRA como o mascote oficial da folia.
gigantones em lavagens na Bahia
Arrastão de Zé Pereira se misturam a lavagens na cidade de Salvador, na Bahia. Os Gigantones, popularmente conhecido no Brasil como Zé Pereira, se misturam entre carros alegóricos e blocos afoxés na
Lavagem Cultural da Funceb, onde na ocasião é coroado o Rei e a Rainha da festa que é realizada todo ano em janeiro.
A primeira Lavagem Cultural da Funceb aconteceu em 1989, quando a instituição, hoje localizada no
Centro Histórico, ainda funcionava na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, no bairro dos Barris, em Salvador (na Bahia, Brasil).
De lá para cá, a Lavagem prosseguiu apoiada pela comunidade, funcionários, familiares,
convidados e celebridades.
bonecos gigantes de mão
BONECOS DE VARA GIGANTES também conhecidos como marionetes e fantoches.
Fantasias que emergem do próprio corpo dos bonequeiros demonstraram que a arte de contar histórias resiste ao tempo,
CONTINUAÇÃO AQUI
corrida de bonecos gigantes
"Trinta graus, sensação térmica de 33C, sábado de carnaval logo de manhá
Praias lotadas? Piscinas cheias? Algo mais refrescante? Náo na cidade de Olinda, em Pernambuco.
Apesar do imenso calor que faz em Olinda acontece a tradicional CORRIDA DOS BONECOS GIGANTES" (3), que desfilam nos arrastões de Zé Pereira.
"Criada em 2005, a competição nasceu com o objetivo de homenagear os artistas de bonecos gigantes e as pessoas que vestem os bonecos." (3)
ganhando feições realistas
Com a evolução do carnaval brasileiro, os bonecos gigantes da cidade pernambucana de Olinda (Recife) ganharam feições cada vez mais realistas,
CONTINUAÇÃO AQUI.
Carnaval de Moyobambino
Os bonecos gigantes se misturam aos cabeçudos em um grande desfile carnavalesco puxados por Bandinhas
no Carnaval de Moyobambino, na cidade de Moyobamba, no Peru, que também resgata a tradição dos índios e bois.
E para completar têm o que mais parece com um ENTRUDO DAS CORES, onde uns jogam nos outros pó colorido e água,
CONTINUAÇ:ÃO.
os cabeçudos
Os Cabeçudos são considerados os foliões carnavalescos que usam
enormes cabeças como máscaras, podendo ser de papel marchê, papelão, borracha, palha ou fibra de vidro. A trajetória histórica dos CABEÇUDOS se misturam nos cortejos do ZÉ PEREIRA ao lado dos BONECOS GIGANTES ou Gigantones e dos BONECOS GIGANTES de MÃO,
entre os GIGANTES FOLIÕES DE PÉ e as manifestações culturais do local, CONTINUAÇÃO AQUI
nas páginas da história
E têm-têm muito mais trajetória histórica carnavalesca, desfrute das pinceladas do
ENTRUDO, passeando entre os
CHARIVARIS e os CARETOS
jogando água com BISNAGAS (Avó do
LANÇA-PERFUME) ou atirando LIMÕES PERFUMADOS.
Pulando na história para o ZÉ PEREIRAS acompanhado pelos
GIGANTONES, dos CABEÇUDOS, dos BONECOS GIGANTES DE OLINDA,
e dos BONECOS DE MÃO, entre
BATALHAS DE CONFETTI, grandes
em grandes BAILES regados a
CONFETES e SERPENTINAS.