TRAJETÓRIA HISTÓRICA
Fundado como bloco afro carnavalesco em Salvador no ano de 1979, a Banda Olodum é atualmente um grupo cultural, considerado uma organização não governamental reconhecida como de utilidade pública pelo governo do estado da Bahia.
O Bloco Olodum estreou no Carnaval de Salvador em 1980, após o grande sucesso ganhou muitos fãs e associados. No início o bloco surge para ocupar um espaço da expressão cultural contemporânea do continente africano no Estado da Bahia.
O Olodum, foi criado em Salvador no bairro do Maciel - Pelourinho por um grupo de moradores em 25 de abril de 1979, numa época em que este bairro era marginalizado e discriminado pela população baiana.
Os tambores mais famosos do planeta encantam, animam e divertem. Através do batuque, o Olodum também tem inspirado milhares de jovens a apostarem em um caminho de oportunidade, conhecimento, respeito e arte. Por meio da Escola Olodum, o bloco afro oferece cursos de dança, percussão e canto, além de um suporte humanístico focado em desenvolvimento de liderança.
Alem de shows no Brasil, a banda atua no mercado internacional, em parceria com grandes astros da musica e tornou-se famosa por conquistar platéias exigentes e numerosas com seu contagiante samba-reggae
A música do Olodum é fruto de uma fusão de ritmos de origem africana, como o ijexá, o samba, o alujá e o reggae.
O Bloco sempre foi animado pela Banda Olodum, uma das principais bandas da música baiana. Os foliões do bloco eram moradores do Pelourinho que tinham como objetivo celebrar a herança da cultura afro na Bahia.
Depois da estreia no carnaval de 1980, a banda conquistou quase dois mil associados e passou a abordar temas históricos relativos às culturas africana e brasileira. O primeiro LP da banda, “Egito Madagascar”, foi gravado em 1987 e alcançou grande sucesso na Bahia e no restante do país com a música “Faraó, Divindade do Egito“, composição de Luciano Gomes.
CARNAVAL (de Salvador, na Bahia) é um verdadeiro símbolo da cultura brasileira da música popular e o raro fenômeno de resistência cultural conhecido nos quatro cantos do globo. Sendo o carnaval da Bahia considerado a maior festa de rua do mundo, abraçando diversos ritmos dentro deste contexto.
O toque dos tambores do Olodum agrega expressões de vida e tradições, cultivando um senso de identidade dos valores socioculturais africanos, e ao mesmo tempo contribuir para promover respeito à diversidade cultural e a criatividade humana.
1979 - OLODUM - SOCIAL
A cultura percussiva do Olodum, instituição sem fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em 25 de abril de 1979, agrega expressões de vida e tradições, cultivando um senso de continuidade dos valores socioculturais africanos. Ao mesmo tempo, transmite conhecimento e gera um sentimento de identidade, promovendo respeito a diversidade cultural e e singularidade humana.
Ao longo de seus 38 anos de história, que serão celebrados em 2017, muitas pessoas foram e serão atraídas pela sonoridade musical do Olodum. O grupo carrega uma manifestação cultural em sua raiz que extrapola a música e e engloba atividades que alcançam a pluralidade e fortalecem a cultura-afro.
As canções de protestos do Olodum combatem a discriminação racial, estimulam a elevação da autoestima afrodescendente e defendem a luta para assegurar a os direitos civis e humanos. A música percussiva e a responsabilidade social são marcas do Grupo, uma referência de credibilidade para a sociedade baiana e de grande importância para a construção e manutenção de sua identidade.
1987 - BANDA OLODUM
Criada em 1987, a Banda Olodum estreou no mercado musical com o álbum Egito Madagascar, disco consagrado pelo sucesso da música “Faraó”. O grupo possui no currículo vinte e cinco CD’s e LP’s gravados, sendo onze nacionais e quatorze internacionais com mais de cinco milhões de cópias vendidas.
Além de shows no Brasil, a banda atua no mercado internacional, em parceria com grandes astros da música. Tornou-se famosa por conquistar plateias exigentes e numerosas com seu contagiante samba-reggae, como os espetáculos com Paul Simon no Central Park (EUA), estimando a presença de 750 mil pessoas e o carnaval de Notting Hill Gate (UK), com mais de 2 milhões de pessoas presentes.
Muitas personalidades da música mundial como Michael Jackson, Jimmy Cliff, Ziggy Marley, Alpha Blondy, Matisyahu (EUA), Yossur Noddour (Senegal), Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Daniela Mercury, Luiz Melodia, Rapin’Hood, entre outros, se identificaram e tiveram a oportunidade de conhecer o samba-reggae, criado pelo Maestro Neguinho do Samba.
Clássicos como “Faraó”, “Protesto Olodum”, “Rosa”, “Dogons”, “Requebra” e “Avisa lá” são algumas das das canções escolhidas para o repertório dos espetáculos, fazendo assim, um passeio pela carreira da banda.
2017 - EU SOU OLODUM QUEM TU ÉS ?
Em 2017, o Bloco Olodum tem mais de 30 anos na história do Carnaval de Salvador e na cultura afro-brasileira com muita alegria e consciência.
Em 2017 o Olodum conquista mais um triunfo: se tornou Patrimônio Imaterial do Estado da Bahia pelo Instituto do Patrimônio Artístico da Bahia, unidade vinculada a Secretaria de Cultura do Estado, através da Lei 22.2249/2017.
2024
Considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, o Olodum traz o seu samba-reggae para os palcos brasileiros.
Os vocalista 2024 são s Lucas de Fiori e Narcizinho Santos comandam os momentos marcantes dessa trajetória.
O Olodum se tornou um dos maiores representantes da cultura baiana e afro-brasileira pelo mundo. Considerado como um movimento musical que foi o divisor de águas da música baiana nos anos 80, o grupo perpassa gerações com suas músicas das ruas, do carnaval, da cultura de paz, do amor e da luta contra o racismo.
Olodum é uma palavra de origem yorubál que significa “Deus dos Deuses”. O Bloco completa mais um ano de vida e se mantém firme na trajetória contra preconceitos e desvalorização da arte negra. O Olodum sempre deu luz à situação da população do Pelourinho até pouco antes dos anos 1970, quando o local era ocupado por inúmeras pessoas em situação de pobreza. Nessa mesma década grandes Blocos Afro, como o llê Aiyê, em 1974, e o Malê Debalê, em 1979, se ergueram para fazer do Carnaval uma festa mais justa e inclusiva, sendo iniciativa dos moradores das localidades onde se mantinham os projetos. Tais como os outros bairros, o então Maciel-Pelourinho, onde nasceu o Oludum, se tornou um local de reafirmação, cultura e religiosidade forte na capital baiana.
Mestre Jackson e Neguinho do Samba criaram uma entidade que realizava ações englobando uma música própria voltada para a ancestralidade dos tambores africanos na Bahia e ações sociais formando pessoas, sobretudo crianças das comunidades do Pelô e seu entorno, ampliando o futuro do Olodum no projeto Rufar dos Tambores atual Escola Criativa Olodum.
No campo da música, o Olodum se destacou com “Faraó”, um verdadeiro hino atemporal. Ao ser escolhido no FEMADUM – Festival de Música e Artes do Olodum, a canção de Luciano Gomes fez o som ser cantado pelo povo nas ruas e ainda mais nos carnavais, conseguindo o titulo do primeiro samba reggae com mais de 100 mil cópias vendidas. O hit fez o Olodum conhecido no país e no mundo. Ao longo dos anos, a produção musical da banda soma um DVD, onze CDs gravados no Brasil, 04 no exterior, e mais de 05 milhões de cópias vendidas.
Tudo isso com parcerias de sucessos com cantores como Jimmy Cliff, Herbie Hancock, Paul Simon e um dos mais lembrados a gravação do single de Michael Jackson “They Don't Care About Us", onde o Rei do Pop canta e dança ao som dos tambores do Pelourinho em 1996 junto a 200 instrumentistas vestindo a camisa do grupo. A passagem do astro pelo Pelô é representada por uma estatua de papelão junto a uma foto do músico pop na sacada de um dos prédios do Pelourinho.
Panafricanismo - Uma marca do Olodum são as cores. O Olodum adotou a coloração do Movimento Panafricanismo, verde, amarelo, branco, vermelho e preto. O verde representa as florestas equatoriais da África; o vermelho o sangue da raça negra; o amarelo o ouro da África; o preto o orgulho da raça negra; e o branco a paz mundial.
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